Reunião define prevenção a acidentes e combate aos estragos causados pelas chuvas

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Quarta-feira, 6 de janeiro de 2010, atualizada às 19h30

Reunião define prevenção a acidentes e combate aos estragos causados pelas chuvas

Aline Furtado
Repórter

Em reunião na tarde desta quarta-feira, 6 de janeiro, o prefeito de Juiz de Fora, Custódio Mattos (PSDB), anunciou o reforço na capacidade de atendimento ao público, em decorrência da crescente demanda devido às chuvas. Durante a reunião - na qual estiveram presentes o secretário de Obras, Jeferson Rodrigues Júnior, a secretária de Atividades Urbanas (SAU), Sueli Reis, o secretário de Administração e Recursos Humanos, Vítor Valverde, além do procurador geral do município, Gustavo Vieira - o subsecretário de Defesa Civil, Sérgio Rocha, apresentou um balanço dos trabalhos que vêm sendo realizados, assim como as necessidades do órgão. "Nossa intenção é aumentar a capacidade de prevenir acidentes e combater os danos causados pelas chuvas", destacou o prefeito.

Para tanto, o chefe do Executivo destacou que serão disponibilizados à Defesa Civil do município tanto apoio logístico, como a disponibilização de veículos, quanto de pessoal. "Esperamos mobilizar engenheiros da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) a fim de que passem a atuar no atendimento aos chamados relacionados às chuvas." Atualmente, a Defesa Civil conta com uma equipe formada por seis engenheiros e dois chefes de equipes. A intenção é que mais seis engenheiros sejam transferidos da PJF para atender às demandas. Além disso, o atendimento via 199 também será reforçado. Quanto ao número de veículos, o órgão possui, hoje, seis automóveis. O prefeito citou também que o trabalho social de apoio às pessoas afetadas será reforçado por mais um profissional da área de assistência social.

Mais de 650 ocorrências e 230 desalojados

Entre a meia-noite do dia 31 de dezembro do ano passado e às 17h desta quarta-feira, dia 6, a Defesa Civil registrou 660 ocorrências. A região mais afetada é a Leste, com um total de 257 chamados; a Sul registrou 164; a Sudeste, 101; a Norte, 51; o Centro, 31; além das regiões Oeste e Nordeste, com 27 ocorrências cada uma (ver mapas). Entre os tipos, os escorregamentos de terra somam 349 registros e as ameaças de escorregamento, 134 chamados. Segundo Rocha, o número de ocorrências é o segundo maior registrado nos últimos 13 anos, perdendo apenas para o mesmo período, entre 2006 e 2007, quando foram contabilizados 749 chamados.

Em toda a cidade, há 230 pessoas desalojadas, totalizando 44 famílias. "A intenção é que os desalojados sejam abrigados por familiares e pela comunidade. Em última instância, deve-se recorrer aos 178 abrigos da PJF", ponderou Rocha. As famílias desalojadas passarão por triagem e poderão receber o auxílio-moradia da PJF, no valor de R$ 180 mensais, previsto no Programa de Atenção a Situações de Emergência. O auxílio pode ser pago por seis meses, prorrogáveis por mais seis. O subsecretário acrescentou que a Defesa Civil buscará soluções jurídicas para os casos em que os moradores de casas condenadas se recusam a sair dos locais.

Situação

Durante a reunião, o prefeito informou que os terrenos localizados nas ruas Machado Sobrinho e Onofre Mendes, no bairro Alto dos Passos, passaram por avaliação técnica, providenciada pela PJF. "Os custos referentes à drenagem sub-horizontal que deverá ser realizada nos terrenos ficarão a cargo dos proprietários, já que se trata de áreas particulares." O subsecretário de Defesa Civil explicou que a intervenção é necessária para que a encosta pare de se movimentar. Na rua São José, no bairro Santa Cândida, quatro moradias foram interditadas e as famílias removidas. No local, foi feita a cobertura paliativa com lona.

Entre os tipos de ocorrências, os escorregamentos de terra somam 349 registros e as ameças de escorregamento, 134 ocorrências.

Os textos são revisados por Madalena Fernandes

 

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