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Segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010, atualizada às 13h

Militares retornam do Haiti após missão ter sido estendida devido ao terremoto que assolou o país

Pablo Cordeiro
*Colaboração

Na manhã desta segunda-feira, 8 de fevereiro, dois militares de Juiz de Fora retornaram do Haiti, após sete meses em missão no país da América Central. O trabalho dos militares na Força de Paz das Nações Unidas foi estendido devido à tragédia provocada pelo terremoto que assolou o país em 12 de janeiro. Eles foram recepcionados pelas famílias e destacaram que, além de muito trabalho, companheirismo, união, a receptividade do povo haitiano e a segurança que a população sente com a presença do Exército Brasileiro. 

"A missão é positiva. O militar se sente valorizado e volta melhor como pessoa e como soldado. O susto é grande, pela novidade. É uma situação que a gente não conhece, mas nosso Exército é bem preparado. Prezamos pela solidariedade, união e companheirismo", afirma o sargento Wellington Monteiro. Após o terremoto, ele ficou responsável pela alimentação e remoção dos grupos feridos em campo.

A esposa Maria José Monteiro conta que passou por momentos de apreensão, mas, após a confirmação de que o marido estava bem, ficou mais tranquila. "A sensação agora é de muita alegria e festa. Fiquei muito preocupada, só acalmei quando recebi um telefonema do Wellington."

O sargento Ivair Macedo (foto acima), responsável pela cozinha das equipes, avalia o trabalho desenvolvido pelo Exército como positivo e satisfatório. "Tivemos muitos momentos de preocupação. Às vezes, perdíamos até a noção dos dias". Sua filha, a estudante Danielle Cristina Costa Macedo, que estampou na camiseta o rosto do pai, define seu retorno em uma palavra: alívio. "Mesmo estando tranquila com as ligações, sentimos muito medo por não saber o que estava acontecendo lá."

Recuperação

Para os militares, a vontade do povo e das tropas é recomeçar. "A união, a solidariedade e a segurança são nossas contribuições para os haitianos. A sensação é que tudo voltou a estaca zero. Sempre que for preciso estaremos prontos para o auxílio", explica Monteiro. O sargento também destaca que as maiores necessidades do povo daquele país giram em torno de carinho.

*Pablo Cordeiro é estudante do 10º período de Comunicação Social da UFJF

Os textos são revisados por Madalena Fernandes