Com o fim da greve dos bancários, atendimento nas agências volta ao normal
Com o fim da greve dos bancários, atendimento nas agências volta ao normal
As agências bancárias de Juiz de Fora voltaram a funcionar normalmente nesta quinta-feira, 14 de outubro. A decisão de encerrar a greve, iniciada há 15 dias, foi tomada durante assembleia dos bancários, realizada na noite da última quarta-feira, dia 13.
Após análise da proposta, que contemplou, de forma diferente, os funcionários do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal e de bancos privados, a categoria decidiu aceitar a proposta apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), que prevê reajuste salarial de 7,5% (confira a proposta completa no quadro abaixo).
A manifestação, que seguiu o movimento nacional, afetou o atendimento em bancos públicos e privados. Segundo o Sindicato dos Bancários de Juiz de Fora e do Sul de Minas, as propostas foram bem recebidas e atendem parte das reivindicações da categoria, que buscava reajuste de 11%.
- Bancários sinalizam para aceitação da proposta de reajuste apresentada pela Fenaban
- Bancários protestam no Centro. Fenaban apresenta proposta de reajuste de 7,5%
Proposta da Fenaban
Reajuste:
- Para quem recebe até R$ 5.250: 7,5% (que representa ganho real de 3,1%);
- Para salários superiores a R$ 5.250: Aumento de R$ 393,75 ou igual ao percentual de 4,29%, que representa a inflação do período - o que for mais vantajoso para os bancários.
Pisos (reajuste de 16,33%):
- Portaria: R$ 870,84;
- Escritório: R$ 1.250 (após 90 dias), reajuste de 16,33% (aumento real de 11,54%);
- Caixa: R$ 1.709,05 (incluindo gratificação de caixa e outras verbas), reajuste de 13,82% (aumento real de 9,15%).
Participação nos Lucros e Resultados (PLR):
- Regra básica: 90% do salário mais R$ 1.100,80, com teto de R$ 7.181;
- Parcela adicional: 2% do lucro líquido distribuídos linearmente, com teto de R$ 2.400.
Isso significa que na regra básica o reajuste é de 7,5% e na parcela adicional de 14,28%. Caso a distribuição do lucro líquido não atinja 5% com o pagamento da regra básica, os valores serão aumentados até chegar a 2,2 salários, com teto de R$ 15.798.
Outros benefícios:
- Adicional por tempo de serviço: R$ 17,83;
- Gratificação de compensador de cheques: R$ 101,56;
- Auxílio-refeição: R$ 18,15;
- Auxílio-cesta alimentação: R$ 311,08;
- 13ª cesta-alimentação: R$ 311,08;
- Auxílio-creche/babá: reajuste de 7,5% com adequação à nova legislação sobre o ensino fundamental (6 anos de idade a partir de 2011), passando o valor para R$ 261,33 por 71 meses. Haverá uma regra de transição para quem já recebe o auxílio, conforme a idade do filho, recebendo uma antecipação em parcelas pelo valor que receberia por 83 meses;
- Auxílio-funeral: R$ 599,61;
- Ajuda deslocamento noturno: R$ 62,59;
- Indenização por morte/incapacidade decorrente de assalto: R$ 89.413,79;
- Requalificação profissional: R$ 893,63.
Segurança bancária:
- No caso de assalto, atendimento médico ou psicológico logo após o ocorrido;
- O banco registrará Boletim de Ocorrência em caso de assalto, tentativa ou sequestro;
- Possibilidade de realocação para outra agência ao bancário vítima de sequestro;
- Apresentação semestral de estatísticas nacionais sobre assaltos e ataques na Comissão Bipartite de Segurança Bancária.
Fonte: Confederação Nacional dos Bancários (Contraf) / Central Única dos Trabalhadores (CUT)
Os textos são revisados por Thaísa Hosken