Operação Panaceia prende suspeito e apreende medicamentos falsificados vendidos pela internet em Juiz de Fora

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Terça-feira, 19 de outubro de 2010, atualizada às 12h32

Operação Panaceia prende suspeito e apreende medicamentos falsificados vendidos pela internet em Juiz de Fora

Clecius Campos
Repórter

A Polícia Federal (PF) prendeu um homem e apreendeu diversos medicamentos falsificados e contrabandeados que eram vendidos pela internet, com distribuição em Juiz de Fora. A ação foi desencadeada em cumprimento de três mandados de busca e apreensão e integra a Operação Panaceia 3, ocorrida em sete Estados e em vários países. Em todo o mundo, 700 sites que comercializavam medicamentos falsificados foram desativados.

Em Juiz de Fora, os mandados foram cumpridos em duas residências — na rua Padre Café e no bairro Santa Paula — e em uma academia de ginástica, na rua Oswaldo Aranha. Um homem está foragido. "A maioria dos medicamentos é esteroides anabolizantes, contrabandeados do Paraguai e até falsificados. Uma das buscas foi feita na casa de um preparador físico. Chegamos aos locais, seguindo a rota das vendas feitas pela internet", informa o delegado regional da PF, Cláudio Nogueira. Além dos anabolizantes, foram encontrados inibidores de apetite e medicamentos para disfunção erétil. No total, foram encontrados 14 tipos de remédios distintos.

Os produtos eram vendidos em sites caseiros na internet, fóruns on-line e em redes sociais. Dois sites de Juiz de Fora foram retirados do ar. Segundo Nogueira, o comércio ilegal na internet é facilmente identificado. "Qualquer pessoa consegue fazer uma pesquisa e encomendar os medicamentos." A autoridade sanitária da Vigilância Sanitária Estadual, Sâmia Martins da Costa Silveira, alerta para os riscos de se comprar remédios de procedência suspeita. "Os riscos são imensos e podem variar de pequenas lesões a problemas musculares, disfunção erétil e ataques cardíacos. Alguns dos medicamentos eram falsificados. Sequer dá para dizer o que há nas fórmulas. É um grande risco."

As drogas irão passar pela perícia da PF. As ações são coordenadas pela Interpol francesa. No resto do mundo, os mandados foram cumpridos de 9 a 12 de outubro. Outras operações e a segurança especial durante o período eleitoral impediram que o Brasil pudesse realizar as buscas naquele período.