An?lise do terreno para assentamento em Goian? começa em fevereiro
Análise do terreno para assentamento em Goianá começa em fevereiro
Repórter
Nesta quinta-feira, 26 de janeiro, famílias que estão, há um ano, acampadas na estrada que liga Goianá a Coronel Pacheco, além de representantes de movimentos sindicais, reuniram-se com o superintendente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Carlos Calazans, a fim de debater a respeito do processo de assentamento na Fazenda Fortaleza de Santana.
Na ocasião, o representante do Incra afirmou que a análise geológica do terreno onde poderá ser feito o assentamento será iniciada em fevereiro. Em seguida, será realizada a licitação para definir a empresa que dará início ao projeto de assentamento das famílias. A análise deverá considerar o número de lotes que deverão ser desapropriados, a quantidade de hectares e o número de famílias assentadas atendidas. Aproximadamente 500 famílias aguardam atendimento.
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Em dezembro do ano passado, foi publicado, no Diário Oficial da União (DOU), o decreto de desapropriação. O documento prevê o assentamento de aproximadamente cem famílias. A fazenda tem área registrada de 4.683 hectares, o que equivalente a 4,5 mil campos de futebol, ocupando áreas nos municípios de Goianá, Coronel Pacheco, Chácara e São João Nepomuceno.
Apoio
Após o encontro, famílias e representantes de movimentos sociais seguiram para a Prefeitura de Goianá, a fim de solicitar apoio para o acampamento e cobrar aplicação de políticas voltadas à produção agrícola. Entre noventa e cem famílias estão acampadas à beira da estrada. "Precisamos de meios de desenvolvimento. Com o início da análise geológica, esperamos ter condições dignas para morar e trabalhar", destaca a coordenadora do Movimento dos Sem Terra (MST) da Zona da Mata, Maria Aparecida Xavier.
Os textos são revisados por Mariana Benicá