Policiais civis, professores das redes estadual e municipal e técnicos da UFJF unem-se em protesto em JF

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Quinta-feira, 16 de junho de 2011, atualizada às 18h

Policiais civis, professores das redes estadual e municipal e técnicos da UFJF unem-se em protesto em JF

Jorge Júnior
Repórter

Funcionários técnico-administrativo da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), policiais civis e professores das redes estadual e municipal de ensino de Juiz de Fora uniram-se em uma manifestação, realizada no Calçadão da rua Halfeld, na tarde desta quinta-feira, 16 de junho.

"É uma unificação dos funcionários públicos da cidade. Os trabalhadores públicos estão sendo injustiçados pela gestão do governador Antônio Anastasia, que sucateou o serviço de educação, saúde e segurança", destaca o diretor do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil Regional Zona da Mata (Sindpol), Marcelo Armstrong.

A classe que já está em greve há 40 dias, com 50% de adesão do efetivo, solicita contratação de novos servidores, por meio da abertura de concursos públicos, além de melhores condições de trabalho. "Atualmente, o salário bruto dos delegados equivale a R$ 5,7 mil. Enquanto isso, no Rio de Janeiro, o salário é de R$ 17 mil", explica Armstrong. Segundo o sindicalista, os profissionais estão aguardando definição do governo com relação à campanha salarial 2011. "Se não formos ouvidos, continuaremos com a luta."

Os profissionais da UFJF, que estão em greve há nove dias, também participaram do ato público. De acordo com o coordenador geral do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da UFJF (Sintufejuf), Paulo Dimas de Castro, os técnicos solicitam o retorno da data-base. "Desde 2002 não temos aumento, só estamos recebendo reposição de tabela." Os servidores buscam reajuste em torno de 20% a 25%, além de solicitar o reposicionamento dos funcionários aposentados. "Cobramos, ainda, a realização de concursos públicos."

Os professores da rede estadual de ensino, representados pelo Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE), dão prosseguimento à greve, que começou no último dia 8 de junho. Os profissionais reivindicam melhores condições de trabalho, a retomada da carreira do magistério, o fim do subsídio, com adequação do salário de R$ 1.597,87 à carga horária dos professores. De acordo com a diretora do Sind-UTE local, Victória Mello, a greve já conta com adesão de outras cidades da região, como Lima Duarte e Santos Dumont. Em Juiz de Fora, 40% da classe já aderiu ao protesto. "Não queremos desconstrução da carreira, queremos o nosso plano de carreira."

Os textos são revisados por Thaísa Hosken