Operação apreende 500 kg de alimentos impróprios em hospital de Cataguases

Uma operação realizada entre 10h e 14h, em Cataguases, pela Polícia Civil em parceria com a Vigilância Sanitária Estadual, resultou na apreensão de, aproximadamente, meia tonelada de alimentos sem selo de procedência em um hospital da cidade. De acordo com o delegado titular de Cataguases, Gutemberg Souza Filho, a ação ocorreu após o recebimento de denúncias de irregularidades. Alguns setores do hospital foram interditados. Entretanto, o estabelecimento continua funcionando.

"A operação teve como objetivo apreender produtos em desacordo com as normas da Vigilância Sanitária. Foram encontrados na cozinha do Hospital Cataguases cerca de 300 kg de carne sem origem e sem prazo de validade, 150 litros de leite in natura, peixes, cereais... Esses materiais seriam destinados a pacientes do hospital. Eles não tinham nenhum selo de procedência. Além disso, foram encontrados produtos saneantes sem o prazo de validade e, na farmácia do hospital, havia produtos sem autorização para fabricação por parte da Anvisa", disse.

• Mais de cem quilos de alimentos são apreendidos em JF
• Cerca de 200 quilos de queijos sem selo de procedência são apreendidos
• Cerca de 250 quilos de carne sem documentação necessária são apreendidos no Retiro

Ainda de acordo com o delegado, todo o material será incinerado. Ele revelou também que foram encaminhados à delegacia a fim de prestarem depoimento o gestor, a nutricionista e o farmacêutico do hospital. Eles serão indiciados por crime contra a saúde pública e contra a relação de consumo. Em caso de condenação, a pena pode variar entre dois e cinco anos.

Segundo a supervisora administrativa do Hospital Cataguases, Maria Inês Del Bianco, o hospital mantém uma fazenda com o objetivo de suprir suas necessidades. Ela garantiu que são tomados cuidados de armazenamento dos produtos e lamentou a operação. "Vamos ter que vender o leite para a cooperativa para depois comprá-lo. Não vamos poder utilizar os produtos da nossa fazenda."

Os textos são revisados por Mariana Benicá