Policiais de JF investigados por receberem propina do jogo do bicho

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Policiais de JF investigados por receberem propina do jogo do bicho
Terça-feira, 17 de abril de 2012, atualizada às 19h21

Policiais de JF são investigados por receberem propina do jogo do bicho

Da Redação

O Ministério Público Estadual (MPE) e a Assembleia Legislativa de Minas Gerais investigam a possível cobrança de propina semanal por policiais civis e militares de Juiz de Fora para que o acusado de contravenção Frederico Márcio Arbex, ligado ao jogo do bicho, pudesse exercer a atividade. Matéria de autoria da repórter Amália Goulart, revelando o esquema, foi publicada às 11h29 desta terça-feira, 17, no site do jornal Hoje em Dia.

De acordo com o texto, as investigações tiveram início quando um policial que não quis entrar no esquema resolveu realizar uma denúncia, situação que teria sido confirmada por outros agentes de segurança pública. Segundo a matéria, a cobrança de propina envolve integrantes da cúpula das polícias Civil e Militar. A denúncia foi encaminhada ao procurador do Centro de Apoio ao Crime Organizado, André Ubaldino, e à Comissão de Direitos Humanos da Assembleia.

O denunciante, que tem a identidade resguardada por razões de segurança, contou, em audiência reservada na Assembleia Legislativa, como ocorria o esquema. O Hoje em Dia teria tido acesso à cópia da gravação dos diálogos. De acordo com o texto publicado na internet, "um dos membros da suposta quadrilha seria o major Renato Sampaio Prestes. Outro acusado de envolvimento é o coronel reformado Anselmo Fernandes da Silva. A Polícia Civil aparece no caso por intermédio do delegado Fernando Camarota Filho."

Tudo funcionava de forma tranquila até que um grupo de policiais começou a realizar operações a fim de coibir jogos de azar e apreender máquinas caça-níqueis. Ainda segundo a notícia do Hoje em Dia, o sargento Júlio Toledo teria oferecido propina ao policial que fez a denúncia. Segundo o relato gravado, Toledo teria dito que o contraventor estaria ameaçando cortar a propina se as operações continuassem.

Segundo a assessoria de imprensa da Polícia Civil em Juiz de Fora, as denúncias estão sendo apuradas na corregedoria geral do órgão em Belo Horizonte. O delegado Fernando Camarota Filho não vai se pronunciar sobre o caso. A equipe do Portal ACESSA.com tentou entrar em contato com a assessoria de comunicação organizacional da 4ª Região de Polícia Militar, mas não conseguiu estabelecer contato.

Os textos são revisados por Mariana Benicá