Funcionários da Cesama desencadeiam Operação Tartaruga

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Segunda-feira, 14 de maio de 2012, atualizada às 13h30

Funcionários da Cesama recusam proposta de reajuste e desencadeiam Operação Tartaruga até quarta

Nathália Carvalho
*Colaboração

Um grupo de servidores da Companhia de Saneamento Municipal (Cesama) realizou uma manifestação no Centro da cidade após se reunirem em assembleia na manhã desta segunda-feira, 14 de maio. A categoria exige, entre outros benefícios, um reajuste linear para todos os funcionários de 28% e rejeitou as propostas enviadas pela Cesama, na última sexta-feira, 11. Durante toda esta segunda, os trabalhadores presentes paralisaram suas atividades.

Após a assembleia, realizada às 8h, os funcionários fizeram protesto em frente à Câmara Municipal e, posteriormente, dirigiram-se até a Cesama para pressionar o avanço das negociações. De acordo com a assessoria da Cesama, ficou decidido que haverá uma nova reunião entre sindicato e diretoria, na próxima quarta-feira, 16, na tentativa de acordo. Os funcionários decidiram realizar Operação Tartaruga até a realização da reunião, com funcionamento apenas dos serviços essenciais.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Empregados nas Indústrias e Serviços de Purificação e/ou Distribuição de Água e Serviços de Esgoto de Juiz de Fora-MG (Sinágua), Ednaldo Sidclei Ladeira Ramos, a paralisação desta segunda e a Operação Tartaruga são necessárias para pressionar a empresa para que haja resultado diante as negociações. "Vamos manter os serviços, mas em menor escala e, por enquanto, não vamos paralisar totalmente".

Revindicações

O objetivo da categoria é conquistar o reajuste salarial de 28% contra os 8,39% propostos pela Companhia. Segundo o presidente, apenas alguns setores do órgão, como agentes administrativos, técnicos em química e técnicos de nível superior foram contemplados no plano de carreiras e salários de formulado em 2007. "As condições de trabalho, atualmente, são um desrespeito com a categoria e queremos apenas regularizar o plano para todos os funcionários da empresa. Eles querem impor, ao invés de negociar."

A categoria espera que haja um avanço no aceite das revindicações, mas o indicativo de greve não está descartado. "Já estamos na luta pela melhoria da nossa condição há muito tempo e esperamos que na quarta haja alguma conquista. Vamos paralisar as atividades novamente no período da tarde e, caso não avance mais uma vez, vamos decidir sobre a realização de greve".

*Nathália Carvalho é estudante do 8º período de Comunicação Social da UFJF