Policiais federais de Juiz de Fora decidem pela manutenção da greve

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Policiais federais de Juiz de Fora decidem pela manuten??o da greve
Sexta-feira, 24 de agosto de 2012, atualizada às 16h30

Em assembleia, policiais federais de Juiz de Fora decidem pela manutenção da greve

Andréa Moreira
Repórter

Em assembleia realizada nesta sexta-feira, 24 de agosto, policiais federais de Juiz de Fora decidiram permanecer em greve, seguindo, assim, a recomendação da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) e do Sindicato dos Policiais Federais de Minas Gerais (Sinpef), como o explica o representante do Sinpef em Juiz de Fora, Robson Carneiro da Silva.

"Na tarde da última quinta-feira, 23, foi realizada uma videoconferência com os 27 sindicatos espalhados pelo país. E a decisão de continuidade da greve foi unânime, pois o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão ainda não apresentou uma proposta de reestruturação da carreira e reestruturação salarial para a categoria."

Silva explicou também que existem dois tipos de reivindicações dos grevistas. Enquanto os peritos e delegados pedem o aumento de salário, papiloscopistas, escrivães e agentes defendem a reestruturação salarial. "Enquanto algumas classes lutam pelo aumento de salário, afinal, o valor está defasado, outras pedem a equiparação dos salários dos servidores de nível superior. Pois existem categorias em que é exigido nível superior para se trabalhar, entretanto, os servidores não recebem salários de nível superior."

O representante do Sinpef em Juiz de Fora ressalta que as negociações com o governo federal já duram quase três anos. "Desde 2010 tentamos mostrar ao governo essa diferenciação salarial. No final do ano passado, achamos que conseguiríamos algo, mas nada foi feito. Mais uma vez repito: o que queremos é apenas o reconhecimento da nossa carreira como nível superior."

Na próxima quarta-feira, 29, os policiais federais de Juiz de Fora participam de nova assembleia, a fim de avaliar a situação da greve. "Estamos realizando reuniões a cada três dias mais ou menos, para avaliar o movimento na cidade e também em todo o país," destaca Silva.

De acordo com a assessoria da Fenafep, com a manutenção da greve, os serviços de emissão de passaportes, registro de porte de armas, oitivas e investigações, entre outros serviços, não estão sendo realizados. Já em Juiz de Fora, a emissão e entrega de passaportes será feita somente em caso de urgência e emergência, assim como as emissões de certidões. Os registros de flagrantes e as escoltas de presos e qualquer outra atividade considerada urgente não serão prejudicados. As demais atividades são desempenhadas por 30% do efetivo, após serem submetidas à aprovação do comando de greve.

Os textos são revisados por Mariana Benicá