Greve dos bancários atinge mais de 50% das agências de Juiz de Fora

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Terça-feira, 18 de setembro de 2012, atualizada às 16h45

Greve dos bancários atinge 32 agências de Juiz de Fora

Andréa Moreira
Repórter

Das 60 agências bancárias do município de Juiz de Fora, 32 aderiram à greve dos bancários, deflagrada nesta terça-feira, 18 de setembro. A informação é do presidente do Sindicato dos Bancários de Juiz de Fora (Sintraf-JF), Carlos Alberto Nunes, que afirma que a decisão foi ratificada em assembleia realizada na noite da última segunda-feira, 17. "Já havíamos aprovado o indicativo de greve na quarta-feira, 12. A reunião de ontem [segunda-feira] foi apenas para reafirmar a nossa decisão."

Nunes ressalta que uma comissão do comando de greve está na capital paulista para tentar uma nova negociação com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). "Infelizmente a Fenaban só nos oferece um reajuste de 6%, sobre todas as verbas salariais. Essa porcentagem representa, na verdade, um ganho real de apenas 0,58%."

Nunes afirma que na noite desta terça-feira, 18, os bancários realizam mais uma assembleia para avaliar como foi o primeiro dia do movimento. "Como de costume, iremos votar pela continuação ou não da greve. Mas como a Fenaban não aceita a nossa proposta, acredito que a maioria das pessoas irá decidir pela manutenção", diz.

Reivindicações

O presidente do Sintraf-JF destaca que os bancários possuem mais de dez reivindicações. "Queremos um piso salarial de R$ 2.416,38. Valor que equivale ao salário mínimo do Dieese. Também lutamos por um reajuste salarial de 10,25%, o que significa 5% de aumento real acima da inflação projetada de 4,97% nos últimos 12 meses," explica Nunes.

A pauta de negociações ainda contempla mais segurança nas agências bancárias; fim das metas abusivas e combate ao assédio moral para preservar a saúde dos bancários; Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de três salários mínimos mais R$ 4.961,25; Plano de Cargo, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os funcionários; auxílio-educação para graduação e pós-graduação; auxílio-refeição e vale-alimentação, cada um no valor de R$ 622; cumprimento da jornada de trabalho de seis horas; previdência complementar para todos os funcionários; contratação total da remuneração; igualdade de oportunidades; entre outros.

Os textos são revisadoa por Mariana Benicá