Greve dos bancários atinge mais de 50% das agências de Juiz de Fora
Greve dos bancários atinge 32 agências de Juiz de Fora
Repórter
Das 60 agências bancárias do município de Juiz de Fora, 32 aderiram à greve dos bancários, deflagrada nesta terça-feira, 18 de setembro. A informação é do presidente do Sindicato dos Bancários de Juiz de Fora (Sintraf-JF), Carlos Alberto Nunes, que afirma que a decisão foi ratificada em assembleia realizada na noite da última segunda-feira, 17. "Já havíamos aprovado o indicativo de greve na quarta-feira, 12. A reunião de ontem [segunda-feira] foi apenas para reafirmar a nossa decisão."
Nunes ressalta que uma comissão do comando de greve está na capital paulista para tentar uma nova negociação com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). "Infelizmente a Fenaban só nos oferece um reajuste de 6%, sobre todas as verbas salariais. Essa porcentagem representa, na verdade, um ganho real de apenas 0,58%."
- Bancários de JF entram em greve na próxima terça-feira
- Bancários fazem manifestação sobre campanha salarial
- Bancários rejeitam proposta da Fenaban e reivindicações continuam
Nunes afirma que na noite desta terça-feira, 18, os bancários realizam mais uma assembleia para avaliar como foi o primeiro dia do movimento. "Como de costume, iremos votar pela continuação ou não da greve. Mas como a Fenaban não aceita a nossa proposta, acredito que a maioria das pessoas irá decidir pela manutenção", diz.
Reivindicações
O presidente do Sintraf-JF destaca que os bancários possuem mais de dez reivindicações. "Queremos um piso salarial de R$ 2.416,38. Valor que equivale ao salário mínimo do Dieese. Também lutamos por um reajuste salarial de 10,25%, o que significa 5% de aumento real acima da inflação projetada de 4,97% nos últimos 12 meses," explica Nunes.
A pauta de negociações ainda contempla mais segurança nas agências bancárias; fim das metas abusivas e combate ao assédio moral para preservar a saúde dos bancários; Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de três salários mínimos mais R$ 4.961,25; Plano de Cargo, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os funcionários; auxílio-educação para graduação e pós-graduação; auxílio-refeição e vale-alimentação, cada um no valor de R$ 622; cumprimento da jornada de trabalho de seis horas; previdência complementar para todos os funcionários; contratação total da remuneração; igualdade de oportunidades; entre outros.
Os textos são revisadoa por Mariana Benicá