Vigilantes reivindicam reajuste salarial
Vigilantes reivindicam reajuste salarial
Com a manifestação, 25 agências bancárias suspenderam o atendimento nesta sexta-feira, em Juiz de Fora
Repórter
1º/2/2013
Cerca de 60 vigilantes de Juiz de Fora realizaram uma manifestação nesta sexta-feira, 1º de fevereiro, no Centro. O protesto, de acordo com o presidente do Sindicato dos Vigilantes de Juiz de Fora, Josias Luciano Rosa, foi motivado pelas exigências trabalhistas que estão em negociação desde o dia 1º de janeiro. "A paralisação dos trabalhos acontece hoje em todo o país. E fomos obrigados a fazer isso, pois os empregadores não aceitam nossas reivindicações, como o aumento salarial que pedimos de apenas 6%."
Porém, em Juiz de Fora, a situação dos vigilantes é pior, como ressalta Rosa. "Estamos na luta pelo cumprimento da Lei nº 12.740, que estabelece os critérios para os profissionais que sofrem risco de vida. Nesses casos, teríamos que receber 30% a mais. Entretanto, infelizmente, em Juiz de Fora, das 35 empresas de vigilância, apenas quatro cumprem essa norma."
Outra infração refere-se ao número mínimo de vigilantes que devem atuar em cada agência, o que é definido na Lei nº 7.102. "É a capacidade da agência que interfere no número de vigilantes. Porém, sabemos de bancos na cidade que deveriam ter no mínimo cinco vigilantes e, na verdade, têm apenas dois," explica o presidente do sindicato, lembrando que a fiscalização é realizada pela Polícia Federal (PF).
O agente da PF, Reinaldo Santos Oliveira, afirma que as fiscalizações são realizadas pelo menos uma vez por ano. "Cada agência bancária tem que apresentar anualmente um plano de segurança, o qual inclui o número ideal de vigilantes." Segundo ele, a PF de Juiz de Fora fiscaliza todas as agências dos 127 municípios de sua competência.
Sob o número ideal de vigilantes, Oliveira ressalta que vários fatores são analisados. "A Lei nº 7.102 estipula que cada agência deve ter no mínimo dois vigilantes. Porém, quando estudamos o plano de segurança, outros fatores são levados em consideração, como o tamanho e volume de clientes da agência. Então, se nos basearmos nas leis que estipulam o número de vigilantes, posso assegurar que as agências estão corretas."
Bancos fechados
A manifestação provocou a suspensão do atendimento em 25 dos 72 estabelecimentos financeiros da cidade, agências bancárias e postos de atendimento. "Sabemos que o Banco do Brasil não está fazendo atendimento ao público. Algumas agências da Caixa também estão fechando. Não queremos prejudicar a população, mas as pessoas têm que entender a importância do nosso trabalho, e que estamos lutando apenas por nossos direitos. O fato de receber o adicional de risco ou trabalhar com um número reduzido de vigilantes, interfere não só em nossas vidas, mas de todas as pessoas," destaca Rosa.
Os textos são revisados por Juliana França