Prefeitos da região participam de evento sobre prevenção de inc?ndio

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Prefeitos da região participam de evento sobre prevenção de incêndio

O 4º Batalhão do Corpo de Bombeiros é responsável pela fiscalização de 30 municípios da região. Para isso, conta com apenas 29 militares

Andréa Moreira
Repórter
5/2/2013

Dezenas de representantes que compõem a Associação dos Municípios da Microrregião Vale Paraibuna (Ampar) estiveram reunidos na tarde desta terça-feira, 5 de fevereiro, na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), durante seminário promovido pelo 4º Batalhão de Bombeiros Militar (4º BBM).

O objetivo central do evento foi orientar os municípios sobre a regularização de edificações e também oferecer instruções para a realização de eventos temporários, como o Carnaval e exposições. "Muitos municípios nos informam sobre a realização de uma exposição agropecuária na véspera do início da festa. Contudo, o Corpo de Bombeiros tem 15 dias para avaliar o pedido e mais 20 dias para fazer a vistoria, tempo necessário para que consigamos fazer o trabalho de forma adequada," explica o capitão do Corpo de Bombeiros, Marcos Santiago.

Apesar de a área de abrangência do 4º BBM ser de 145 municípios, a fiscalização dos militares de Juiz de Fora é realizada em 30 cidades. "Como possuímos batalhões em cidades como São João del-Rei e Conselheiro Lafaiete, os militares desses locais fiscalizam a área próxima", explica capitão Santiago, lembrando que o Corpo de Bombeiros ainda possui um número reduzido de militares para fazer o trabalho. "Atualmente, contamos com 29 bombeiros aptos a fazer a fiscalização nos 30 municípios."

De acordo com o comandante da Companhia de Prevenção dos Bombeiros, capitão Leonardo Nunes, em menos de dois anos foram realizadas cerca de 200 vistorias, só no município de Juiz de Fora. E, para minimizar as consequências do efetivo reduzido, o Corpo de Bombeiro utiliza uma estratégia. "Fazemos as visitas por amostragem e buscamos visitar os locais mais badalados, pois são neles que existe maior concentração de pessoas."

Distante 120 quilômetros de Juiz de Fora, o município de Arantina também é fiscalizado pelo 4º BBM, e, para o prefeito da cidade, Francisco Carlos Ferreira Alves, o evento fez com que ele conseguisse esclarecer muitas dúvidas. "Receber as noções de prevenção de incêndio e saber como devemos proceder irá ajudar a fiscalização." 

Fiscalização

Desde o dia 31 de janeiro, a Secretaria de Atividades Urbanas (SAU), juntamente com o Corpo de Bombeiros, a Polícia Militar e o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG), realiza uma força tarefa de fiscalização em clubes, boates e casas de show de Juiz de Fora. "Neste primeiro momento, estamos realizando a vistoria em locais que têm alguma ligação com o Carnaval. Depois, a fiscalização segue para outros estabelecimentos", afirma o secretário da SAU, Basileu Tavares.

Até o momento, dos 20 estabelecimentos fiscalizados, dois, ou seja, 10%, foram interditados. Outros seis, o que corresponde a 30%, tiveram que mudar o ramo de atividade do alvará de funcionamento. "Os comerciantes têm que compreender que bar é diferente de casa noturna. Por isso, cada estabelecimento possui os requisitos mínimos para funcionar", destaca Tavares.

Para o comandante da Companhia de Prevenção dos Bombeiros, as edificações antigas são as mais problemáticas. "A legislação atual é bem mais rigorosa do que a existente décadas atrás, período de construção de muitos prédios de Juiz de Fora. Temos lugares com escadas que não protegidas, corredores estreitos... e, infelizmente, alguns desses problemas não podem ser solucionados, então, buscamos minimizá-los, como a colocação de mais extintores e detectores de fumaça", afirma capitão Nunes.

O trabalho de fiscalização também segue nos outros 115 municípios da área de abrangência do 4º Batalhão do Corpo de Bombeiros. "Além dos dois estabelecimentos fechados em Juiz de Fora, também estão interditados outros em Viçosa, São João del-Rei, Conselheiro Lafaiete, Astolfo Dutra, Ubá e Muriaé", afirma capitão Santiago.

Os textos são revisados por Juliana França