Moradores do Arco-?ris sofrem com problemas de infraestrutura
Moradores do Arco-Íris sofrem com problemas de infraestrutura
Bueiro entupido, proliferação de insetos, lixo espalhado pela rua e atirado em um terreno baldio são alguns dos transtornos registrados no local
Repórter
15/3/2013
Mato alto, proliferação de insetos e falta de passeios para a circulação de pedestres. Estes são alguns dos transtornos que os moradores da rua Cirene Alves da Silva, no bairro Arco-Íris enfrentam diariamente, como relata o analista de sistemas, Diogo Mancini. "Moro há cinco anos neste bairro e desde que vim para cá, os problemas só se agravam. No início, até que as capinas eram mais constantes, porém, de uns quatro anos para cá, isso é raro."
De acordo com o analista de sistemas, ele já procurou vários órgão da administração municipal, mas sempre sem sucesso. "É uma situação de descaso da Prefeitura. Existe um terreno particular na entrada do bairro, que está abandonado. Além do lixo que moradores e pessoas de outras bairros jogam, tem, ainda, o problema da não existência de uma calçada, fazendo com que as pessoas caminhem na rua. Já procurei a Secretaria de Obras, o Demlurb, mas ninguém veio, ninguém faz nada."
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Manicini também relata que fez um pedido em 2012 para que fosse realizada a limpeza de um bueiro, que traz muitos transtornos quando chove. "O bueiro da rua está completamente entupido de terra, que desceu de um loteamento, e nos causa transtornos com lama e água empoçada, já fiz inúmeros contatos com a Secretaria de Obras, inclusive tenho o protocolo, mas só ouço promessas, desde 2012 ninguém comparece ao local para resolver a questão."
Uma moradora da área, que preferiu não se identificar, reclama da falta de segurança ocasionada pelo mato alto. "Fica complicado porque temo que marginais estejam escondidos quando passamos por determinados locais da rua. Além disso, caminhamos pela via, correndo o risco de sermos atropelados, já que o mato toma conta de tudo."
Dengue
O período das chuvas faz com que os entulhos e lixos jogados inadequadamente no terreno baldio e na própria rua acumulem água, formando, assim, grandes focos do mosquito Aedes Aegypti. "Estamos muito preocupados, afinal, a dengue pode matar. Além do fato de que, quando chove, vários locais inundam," afirma Mancini.
Providências
A redação do Portal ACESSA.com entrou em contato com a assessoria da Secretaria de Obras (SO) e recebeu a seguinte nota: "A Subsecretaria de Operação Urbana da Secretaria de Obras vai colocar na programação o desentupimento das bocas de lobo para realizar o trabalho o quanto antes. Em relação ao terreno, fará uma vistoria no local para ver se o terreno é público, e buscar a solução com quem for responsável."
Sobre a capina, o diretor de Operações do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (Demlurb), Paulo Delgado, afirma que o bairro já está inserido na programação do departamento e, que, em torno de 30 dias, a equipe estará trabalhando no local. "Atualmente, estamos na Cidade Alta, onde o serviço será finalizado no Borboleta. Depois começaremos na região do Arco-Íris."
Ainda de acordo com Delgado, o Demlurb sofre a escassez de mão de obra nesta área. Por isso, a demora em atender os bairros. "Juiz de Fora é muito grande e, atualmente, contamos com uma equipe de roçada do Demlurb, com 12 funcionários, e outra, contratada, com 11 empregados. Também estamos tentando ampliar nosso contrato de parceria com a penitenciária. Antes, contávamos com 30 detentos, agora são só 15," explica.
O diretor de Operações destaca também que o departamento acumula várias funções no momento. "Além dos serviços de roçada e campina, e claro, coletar lixo, nós recolhemos entulhos e ainda trabalhamos na campanha da dengue," afirma Delgado, lembrando que a campanha de coleta do lixo da dengue, muitas vezes, ultrapassa o objetivo. "De acordo com a campanha, sábado e domingo seriam os dias de orientação e, a segunda-feira, de coleta do lixo. Mas algumas pessoas se aproveitam e colocam para fora restos de material de construção, sofá, fogão, geladeira e tudo o que não funciona mais. O que aumenta ainda mais nosso trabalho. Sendo que, muitas vezes, é impossível recolher tudo em um só dia."