Manifestantes acompanharam audiência pública pelo tel?o

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Manifestantes acompanharam audiência pública pelo telão em frente a Câmara

Segundo a Polícia Militar cerca de 200 pessoas se reuniram do lado de fora para acompanhar as negociações

Cíntia Charlene
11/07/2013

Por volta das 15h da tarde dessa quinta-feira, 11 de julho, teve início na Câmara Municipal  de Juiz de Fora a audiência pública que tinha por finalidade discutir sobre as questões que envolvem o transporte público da cidade. Por questão de segurança, cerca de 150 pessoas puderam acompanhar a ação dentro do plenário. Enquanto, que os demais, foram orientados a ficarem do lado de fora.

Durante o decorrer da audiência, os manifestantes que  acompanham a reunião entre o legislativo e a população por meio de um telão, vaiam as falas das autoridades da casa, enquanto que os discursos de seus representantes eram recebidas com aplausos e gritarias.

A novidade do telão agradou grande parte da população que queria acompanhar as negociações. ' Acredito que quem quer participar das questões políticas, não só acompanhar a Câmara de Vereadores e as ações do Executivo, essa iniciativa é muito boa. O debate tem sido bem politizado, as pessoas que falam trazem questões bem pertinentes e sérias para discutir a cidade e o governo, afirmou o servidor público Giovane Veranezzi.

Segundo o assessor de comunicação da Polícia Militar major Jeferson Ulisses, cerca de 200 pessoas acompanharam os pronuciamentos. Durante todo o ato, as manifestações se mativeram tranquilas e pacíficas. O clima era de expectativa.

Apesar das muitas bandeiras e reivindicações trazidas sobre a forma de cartazes e panfletos, o público ali reunido, entre estudantes, lideranças sindicais, aposentados e trabalhadores, mantiveram-se focados nas questões do transporte público. " Estamos aqui representando todos os aposentados, apoiamos o movimento por um transporte digno e de qualidade. Muitas vezes somos empurrados para dentro dos ônibus, falta lugar para sentarmos já que as pessoas, principalmente os jovens ocupam nosso lugar. Queremos que haja uma fiscalização mais atuante para que nossos direitos concedidos por lei sejam respeitados', ressaltou o secretário da Associação dos Aposentados de Juiz de Fora e Região Antônio Amaral.

Para o  diretor da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Cosme Nogueira, a data marcada também pelo Dia Nacional de lutas, serviu para marcar um movimento organizado. "Há muito tempo não se via um movimento dessa magnitude, pensava-se assim será que essa juventude não quer saber de protestar, será que estão alienados, e aí surge esse movimento. Aí você há de convir a importância das redes sociais, foi fundamental para a organização desses movimentos."

Entre as principais reivindicações envolvendo o transporte público, além da redução da passagem os manifestantes reclamavam dos horários dos coletivos, falta de manutenção dos mesmos, atrasos constantes, além da superlotação causada principalmente nos horários de pico, como relata o estudante Igor Rodrigues. "Quando saio do trabalho e vou para a faculdade, os ônibus estão sempre lotados,muitas vezes nem param nos pontos e nós ficamos sem horário para subir. Eu moro no Morro da Glória, por ser uma área central, lá os ônibus são mais vazios, mais quando vão para os bairros e para a universidade fica mais complicado."

Dificuldade esta partilhada também pelo presidente do sindicato dos farmacêuticos Paulo Reis. "Moro no bairro São Mateus, lá qualidade é péssima, a Padre Café e Paineiras são as piores linhas de ônibus de Juiz de Fora. Todos os dias enfrento demora, atrasados constates nos horários, arranca com o ônibus de qualquer maneira, é um absurdo, já que pagamos caro pela passagem."