Operação da PF flagra esquema de lavagem de dinheiro em Cataguases

A operação Money, desencadeada pela Polícia Federal (PF) de Juiz de Fora, apreendeu, na última sexta-feira, 6 de setembro, um material que comprova indícios de crime de lavagem de dinheiro na cidade de Cataguases (MG). A ação avalia a atuação de um grupo econômico em diversos setores, vinculado a esquemas de jogo do bicho.

De acordo com o chefe da delegacia, Cláudio Dornellas, é um grupo reconhecido no município, que atua entre 10 e 15 cidades da Zona da Mata, entre elas, Miraí e Leopoldina. A área de atuação da empresa engloba diferentes atividades comerciais, como locação de guinchos e turismo. Entre os suspeitos está um advogado, cuja identificação foi possível com o apoio da subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Cataguases. "Foi apreendida uma farta documentação que comprova que há indícios destes crimes apurados. Muitos bens de terceiros e vários imóveis. Os malotes ainda vão ser abertos para a gente começar a analisar", relata.

Dornellas se recusou a prestar mais informações a respeito do número de pessoas atuantes e dos valores que envolvem o esquema, pois segundo ele, "a PF ainda guarda o sigilo, por envolver assuntos financeiros relativos ao patrimônio. É segredo de Justiça", diz. O delegado adiantou que já foram emitidos seis mandatos de busca pela 4ª Vara Federal de Belo Horizonte, especializada em lavagem de dinheiro.

O chefe da PF afirmou que a polícia ainda apura se a quadrilha possui algum parceiro na cidade de Juiz de Fora. Ele classifica como êxito a operação , que envolveu um efetivo de 30 homens da PF. "Há um ano e meio que estamos aguardando este desfecho. É a primeira apreensão de materiais da operação. A gente sabe que o jogo está ligado a outros fatores e ainda estamos fiscalizando", garante.

Os criminosos serão enquadrados na nova redação da lei 12.683, de 9 de julho de 2012, sobre crimes de lavagem de dinheiro e infrações penais relacionadas ao jogo do bicho e crimes correlatos.