Juiz-foranos reclamam de maus tratos dentro de ?nibus
Juiz-foranos reclamam de maus tratos dentro de ônibus
Settra afirma que medidas punitivas não cabem ao órgão, e sim, às empresas que operam as linhas
Repórter
5/12/2013
Uma auxiliar administrativa, 45 anos, sofreu, junto a outros passageiros, uma agressão verbal dentro do ônibus da linha Nova Benfica, número 728, da Viação São Francisco. A agressão partiu do próprio cobrador da linha, na manhã da última quarta-feira, 4 de dezembro.
Segundo a usuária, ela entrou no coletivo e iria parar na rua Açucena, o principal ponto de parada do bairro, e onde descem o maior número de pessoas. Por isso, ela deu o sinal sonoro, que foi ignorado pelo motorista. Os questionamentos começaram quando o cobrador respondeu que "isso aqui é igual descarga, você puxa a cordinha e desce." A denúncia foi passada à empresa, mas ainda não há registros da ocorrência junto à Secretaria de Transporte e Trânsito (Settra).
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Segundo o agente da Settra e responsável pelas denúncias em ônibus, Luiz Gonzaga Paiva, as imagens do coletivo serão solicitadas e apuradas. Em casos semelhantes de maus tratos vindos de motoristas e cobradores, a única medida que a pasta pode tomar é notificar a empresa que gere a linha sobre a situação, cabendo então a advertência ao próprio empregador.
Baratas
No mês de novembro deste ano, um usuário da linha Cruzeiro do Sul, número 213, alegou que o coletivo estava infestado com baratas e que, por este motivo, não foi possível viajar sentado. Na ocasião, segundo o homem, os próprios passageiros pisavam e matavam os insetos. O motorista teria dito que "o passageiro tem que ter paciência porque as baratas não morrem de uma hora para outra."
Questionado pelo incidente, Paiva afirmou que a Ansal, empresa responsável pela linha 213, enviou um laudo de dedetização à pasta datado de outubro de 2013 e que o mesmo teria validade de seis meses.
Denúncias
A Settra afirma que toda denúncia em relação aos ônibus urbanos deve ser feitas ao órgão, para que as medidas sejam tomadas. Ainda segundo a assessoria do órgão, como o GPS nos coletivos ainda não foram implantados, eles contam com a ajuda da população para combater irregularidades.
É importante que o usuário tenha a data, o horário e o local do fato, além do número e do prefixo do ônibus para que a denúncia fique completa. O denunciante também vai precisar fornecer o nome completo e o CPF à Settra. As imagens ficam armazenadas por dez dias nos ônibus. Após a denúncia, a fiscalização do órgão tem até 60 dias para dar uma resposta. As reclamações podem ser feitas pelo telefone (32) 3690-8218 ou pelo e-mail settraatende@pjf.mg.gov.br.