Câmara debate tratamento de ?gua e poluição do Paraibuna

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Quinta-feira, 9 de janeiro de 2014, atualizada às 18h13

Câmara debate tratamento de água e poluição do Paraibuna

Laura Lewer
*Colaboração
9/1/2014

A despoluição do Rio Paraibuna e córregos da cidade, a implantação de água tratada e limpeza nos distritos e lugarejos da área rural foram os temas da audiência pública desta quinta-feira, 9 de janeiro, na Câmara de Juiz de Fora. O pedido partiu dos vereadores Julio Gasparette (PMDB) e João do Joaninho (DEM). Além de autoridades locais e membros da Cesama, moradores da cidade e distritos estiveram presentes e fizeram apelos.

O servidor público Luis Cláudio Santos, por exemplo, destacou a falta de tratamento de água em Humaitá. "Hoje em dia é inadmissível que alguém conviva sem uma água de qualidade. Em Humaitá, tem uma escola municipal em que os próprios professores compram água mineral para as crianças", conta.

Problemas

Segundo a presidente do conselho de saúde do bairro, Leni Maria de Almeida, todos os dias as pessoas lavam a vela do filtro para não acumular sujeira. A água é puxada de um açude que, segundo João do Joaninho, fica a cerca de 15 metros de um curral. A moradora Leni afirma que a água que é distribuída pelo bairro vem do mesmo local em que animais andam e matam a sede. Além disso, uma cobra morta já foi encontrada no cano. De acordo com Regina Célia Lopes, que também faz parte do conselho, a água sem tratamento traz problemas de pele e intestino nas crianças. Durante a audiência, uma garrafa da água que sai da torneira em Humaitá passou na mão dos vereadores presentes (foto acima).

Além do bairro, outros locais que necessitam de atenção na questão do tratamento de água foram citados por João do Joaninho, como São Pedro, Igrejinha, Caeté, Monte Verde, Penido e Chapéu d'Uvas. O vereador destacou a importância da criação de um "cronograma anti-chuva" em caráter de urgência e se referiu à audiência como um "alerta sobre a falta de respeito com as pessoas que sofrem todo ano com os problemas das chuvas", como inundações e sujeira nas ruas.

No bairro Santa Luzia o recurso para a criação de uma estação de tratamento de esgoto já está aprovado. A busca para recursos para que projetos de infraestrutura sejam criados nos distritos já começou.

Rio Paraibuna

Outro ponto destacado na audiência foi a limpeza do Rio Paraibuna, cujo tratamento atual cobra somente 10% de sua extensão na cidade. Segundo representantes da Cesama, com o projeto de despoluição que já está pronto, a abrangência subirá para 85%. A ideia é implantar coletores e interceptores para que a água suja dos córregos pare de cair no rio. O prazo para que a obra fique pronta é de dois anos.

*Laura Lewer é estudante do 7º período de Jornalismo do CES/JF