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Idosa passa por dificuldades com fraldas de má qualidade de absorção
Repórter
A mãe do fotógrafo Marcos Ferrarezi tem 83 anos e há cinco anos sofreu um acidente vascular cerebral (AVC). Desde então, está acamada e tem o lado esquerdo do corpo paralisado. A situação torna-se ainda mais difícil por depender de fraldas geriátricas de qualidade questionável, doadas pela Prefeitura de Juiz de Fora, o que, segundo ele, chega a ser uma "falta de humanidade."
"O idoso tem o direito de receber essas fraldas e a qualidade das que estão distribuindo é horrível. É uma fralda que não segura nada. Serve para conter a urina apenas uma vez, molha a cama toda, inclusive tem que trocar toda a roupa dela várias vezes. Já teve mês que as fraldas chegaram a faltar e é o segundo mês que mandam dessa marca. Distribuindo essa fralda, a Prefeitura está jogando o nosso dinheiro fora", reclama.
Com sete irmãos, que ajudam nas despesas com os cuidados com a mãe, Marcos divide a função com uma das irmãs. Era dono de um ateliê de artesanato em MDF que teve que repassar ao irmão para se dedicar integralmente aos cuidados da idosa. "Só quem cuida mesmo sabe como é essa situação. Já comprei absorvente geriátrico, coloquei duas fraldas e a despesa só aumenta. Fiz isso um dia e à noite, quando eu fui fazer a última troca, ela já estava toda molhada", relata.
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Indignado ao ver a delicada situação que a mãe se encontra, Ferrarezi buscou apoio junto ao Conselho Municipal dos Direitos do Idoso, solicitando a troca da marca da fralda e nas redes sociais. De acordo com a presidente Regina Garcia, um ofício com data do dia 7 de julho foi enviado ao Executivo, às secretarias de Governo e Saúde, à Ouvidoria da Saúde e à Comissão Permanente dos Direitos dos Idosos da Câmara Municipal, mas até agora não houve resposta.
"Como nós já acionamos o poder executivo, a Câmara e ninguém deu ouvidos à questão, eu sugeri que fosse denunciado junto ao Ministério Público. Como a mãe dele é usuária do programa, ele pode fazer uma representação. Tem que dizer que já recorreu ao Conselho Municipal, que já tomou as providências, mas até o momento não obteve resposta. Nós temos uma reunião no dia 6 de agosto e vamos discutir novamente a situação", explica.
Regina reforça que é preciso garantir a doação de fraldas de qualidade aos idosos. "Isso é negligência. é crime contra o direito do idoso. Eu tenho a cópia dos ofícios, inclusive com a reclamação de outras pessoas e não recebemos uma resposta".
Secretaria informa que fraldas já foram avaliadas por comissão
Em nota, a Secretaria de Saúde da Prefeitura de Juiz de Fora informa que o processo de compra das fraldas é realizado por meio de licitação e que a empresa contratada cumpre com todas as exigências. A pasta informou ainda que trabalha em colaboração com a Comissão de Insumos para realizar a avaliação do produto adquirido. A reclamação protocolada pelo Conselho Municipal dos Direitos do Idoso já foi submetida à esta comissão, que garantiu que os produtos possam ser dispensados à população.
Segue a íntegra da nota:
"A Secretaria de Saúde informa que assim, como qualquer serviço ou produto adquirido pela Prefeitura, com base na Lei 8.666/93, de 21 de junho de 1993, é realizada licitação pela Comissão Permanente de Licitação (CPL) que compreende o recurso disponível e a necessidade da secretaria quanto a esta compra.
A empresa que fornece as fraldas segue a exigência de entrega, disponibilidade de tamanhos e valores. Portanto, a Secretaria de Saúde informa que trabalha com a colaboração da Comissão de Insumos criada para realizar a avaliação do produto adquirido. A reclamação para que seja avaliada a qualidade do produto em questão foi registrada junto à Comissão, que garantiu que o produto possa ser dispensado à população.
A Secretaria ressalta que, visando atender à principal premissa da administração municipal, que é promover assistência de qualidade à população será averiguado se o problema é isolado ou se há inconformidades em todo o material recebido por esse empresa".
A ACESSA.com tentou contato com os vereadores que integram a Comissão Permanente dos Direitos do Idoso da Câmara Municipal, mas as ligações não foram atendidas.