Apesar do protesto, juiz-foranos entendem aumento da passagem de ?nibus

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Apesar do protesto, juiz-foranos entendem aumento da passagem de ?nibus
Quarta-feira, 15 de outubro de 2014, atualizada às 17h09

Apesar do protesto, juiz-foranos entendem aumento da passagem de ônibus

Da Redação

O protesto que ocorreu contra o aumento da passagem de ônibus em Juiz de Fora, na noite da última terça-feira, 14 de outubro, na região central da cidade, reuniu 300 pessoas, segundo informações da Polícia Militar. Nesta quarta, 15, primeiro dia em que os R$ 2,25 estão sendo cobrados na roleta, o Portal ACESSA.com foi às ruas para ouvir a população, que parece compreender e aceitar o acréscimo de R$ 0,20 no preço das passagens.

Segundo a dona de casa Rita Tarsílio Campos, 48, o aumento é considerado normal. "Tinha muito tempo em que era cobrado os R$ 2,05. Muitas coisas mudaram de preço nesse tempo e a passagem não foi alterada", diz. O último aumento nas passagens de ônibus na cidade aconteceu em julho de 2012.

Para o assistente de pedreiro Pedro Amaral, 34, o preço cobrado é justo. "Em Barbacena a passagem é mais cara do que em Juiz de Fora (R$ 2,45) e a cidade é bem menor, assim como em Teresópolis-RJ (R$ 2,95). Acho que estão cobrando um preço justo, mas o serviço poderia ser melhor", acredita.

O vendedor Ricardo Júnior, 26, diz que o aumento não vai lhe influenciar. "Eu recebo passagem para vir trabalhar, então, para mim, não vai fazer diferença. O desconto na folha será o mesmo", explica. A situação é semelhante à vivida pela secretária Juliana Mendes, 31. "Nunca é bom quando o preço aumenta, mas não acho que vai fazer tanta diferença assim pra muita gente. A passagem aqui é barata", opina.

Por outro lado

No entanto, a classe mais afeta pelo aumento foram os estudantes. Com R$ 0,20 a mais em cada passagem, o valor pode chegar à R$ 0,80 por dia - no caso de quem necessita pegar duas conduções para ir estudar e voltar para casa. "É uma representação significativa no orçamento. No final de um mês, vou gastar mais de R$ 20 para fazer a mesma coisa com o mesmo serviço. É um dinheiro que faz falta para quem vive com orçamento apertado", comenta o estudante Jorge Vieira, 21.