JF permanece com rodízio de abastecimento de água por tempo indeterminado

Represa João Penido opera com 29% da capacidade, já Chapéu D'Uvas com 41% e São Pedro 75%

O rodízio de abastecimento de água em Juiz de Fora permanece por tempo indeterminado. O anúncio feito pelo prefeito Bruno Siqueira, durante coletiva de imprensa, nesta quinta-feira, 29 de janeiro, prevê estado contínuo de alerta para o consumo de água no próximos meses, em uma das piores secas já registradas na história da cidade.

As campanhas serão intensificada no município, para incentivar o uso consciente. Mesmo com chuvas abaixo do previsto neste mês e a represa João Penido operando com 29% de sua capacidade, as ações da administração são de cautela, sem medidas mais rigorosas. Já os mananciais Chapéu D'Uvas e São Pedro estão com nível em 41% e 75%, respectivamente.

Com a situação atípica de chuvas, desde o dia 17 de outubro do ano passado, a Prefeitura adota o abastecimento por rodízio de bairros. Com a inauguração da nova adutora de Chapéu D'uvas, no mesmo mês, parte desta demanda foi atendida, mas com restrições. Atualmente, cerca de 36% do abastecimento feito na cidade depende do manancial João Penido, que está em uma de suas piores fases, com capacidade inferior a 30%. As represas Ribeirão do Espírito Santo e São Pedro também fazem parte da rede de distribuição de água.

De acordo com o prefeito, a intenção é esperar maior volume de chuvas nos próximos meses e a conclusão das obras de ampliação da Estação de Tratamento de Água (ETA) doutor Walfrido Machado Mendonça. "Com a finalização das obras nos próximos meses, a represa Chapéu D'Uvas passará de 250 para 450 litros por segundo. O projeto final é garantir que este manancial oferte a maior parte de água usada na cidade, para evitar maior sobrecarga nas outras represas", explica o prefeito (ver tabela abaixo com valores de vazão de água de cada manancial, responsável pelo abastecimento de água, antes e depois das obras).

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Conforme o diretor-presidente da Cesama, André Borges de Souza, as obras de ampliação do abastecimento de água já estavam previstas, o que minimizou a crise. Outro problema são os  desperdícios devidos as tubulações antigas, que segundo o diretor-presidente, chegam a 30%. "Ano passado trocamos 10 km de tubulação, sendo o bairro Santa Luzia contemplado. Este ano investiremos o dobro, para evitar perdas e custos com manutenção nas redes", afirma.

Ainda na coletiva, o prefeito informou que recebeu, na última sexta-feira, 23, ligação do governador Fernando Pimentel, oferecendo total apoio. "Vamos precisar da ajuda da Cemig, para que não falte luz e possamos finalizar as obras. Também temos 18 elevatórias que precisam de energia", completa.

Com a falta de chuvas em todo o estado de Minas Gerais, o governador Fernando Pimentel discutiu nesta última segunda-feira, 26, com prefeitos de 34 municípios, as ações para o enfrentamento da escassez de água. Ele pediu a mobilização das cidades para conseguir atingir a meta de redução de 30% no consumo da água

Valor da vazão em litros por segundo (l/s)

Cesama