Ativistas protestam na Câmara ap?s votação de políticas para as mulheres ser adi
Ativistas protestam na Câmara após votação de políticas para as mulheres ser adiada
Ativistas que lutam pela igualdade de gênero acaloraram a tarde de votação em reunião ordinária na Câmara Municipal de Juiz de Fora nesta segunda-feira, 29 de junho. Mais uma vez a votação para instituir o Plano Municipal de Políticas para as Mulheres foi adiado. O pedido de vista desta vez foi do vereador José Fiorilo (PDT), adiando pela quinta vez o processo, que está previsto para ser votado na próxima quinta-feira, 2 de julho. O último pedido de vista foi do vereador André Mariano (PMDB), com a justificativa de analisar o teor do projeto.
Logo após o presidente da Câmara, Rodrigo Mattos, anunciar o adiamento, todos os presentes no plenário começaram a gritar frases de ordem e bater o pé, impedindo que os legisladores dessem continuidade na sessão. O presidente precisou interromper os debates em 10 minutos, mas, mesmo assim, os ânimos continuaram exaltados.
Conforme a militante transsexual, Bruna Leonardo Mesquita, sua luta é pelo direito dos transsexuais, homossexuais, bissexual e interssexuais de existirem sem sofrer preconceitos e represálias no dia-a-dia. "A gente não quer privilégio, queremos o direito ser quem nós somos, de poder frequentar uma escola sem ser agredido, frequentar uma escola e poder ir no banheiro de acordo com a nossa identidade de gênero. É simples. Adolescente e crianças homossexuais e transsexuais deixam de ir as escolas por causa do preconceito e machismo homofóbico", reivindica.
Já Cristina Castro, presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher destaca que o plano municipal foi construído com base nas reivindicações das conferências municipais realizadas desde 2005, e quando assumiram o conselho em setembro de 2013, retomaram os debates de ideologia de gênero. "O ano passado foi todo com debates entorno do plano para efetivar e construir o plano com base nestas reivindicações e com plano nacional. Em março deste ano fizemos uma conferência e entregamos o plano aqui na Câmara durante uma audiência pública. Eles querem retirar do plano a palavra gênero e esta palavra é justamente o conceito que fala dos papeis do homem e da mulher na sociedade que são geradores de todo o preconceito e de toda a violência que a mulher sofre" frisa.
Com informações de