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Dois são presos em esquema de casa de prostituição em pr?dio na Andradas
Quarta-feira, 23 de dezembro de 2015, atualizada às 11h30
Dois são presos em esquema de casa de prostituição em prédio na avenida dos Andradas
A Polícia Civil fechou uma casa de prostituição que funcionava em um prédio familiar, na avenida dos Andradas, no Centro, próximo ao Palácio da Saúde. Um homem, 22, e uma mulher, 40 foram presos por exploração sexual, durante cumprimento de busca e apreensão no apartamento. A polícia ainda encontrou sete mulheres, de 20 a 25 anos, que faziam programa na casa e repassavam em torno de R$ 30 por cliente para os organizadores do local. Os encontros eram marcados pelo aplicativo Whatsapp após o cliente vê-las através de um site e redes sociais mantido pelos agenciadores.
A delegada Carolina Gonçalves Magalhães, da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, contou em coletiva de imprensa nesta quarta-feira, 23 de dezembro, que fez a abordagem após um mês e meio de investigações e que a informações preliminares partiram de denúncia feita pelos moradores e vizinhos do prédio.
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"Os denunciantes chegaram a instalar uma câmera de vigilância na portaria do condomínio, que filmou o movimento e passagem dos envolvidos por vários dias. Eles trouxeram as imagens para delegacia e registraram a denuncia. A partir disso, foi dada entrada com pedido de busca e apreensão no apartamento, onde conseguimos abordar os suspeitos em flagrante. O movimento acontecia apenas no período da tarde e o homem trabalhava de manhã na casa e a tarde em uma empresa de telemarketing", conta.
Conforme relatos das garotas de programa aos policiais, sua famílias não tinham conhecimento do que faziam e a maioria delas tinham filhos e eram casadas. Elas ficavam sabendo da casa através de amigas ou em festas e iam diretamente na casa para combinar com os organizadores. "Os dois presos recebiam parte do lucro e ficavam responsáveis pelos kits de roupa intima, preservativo e espaço. Algumas chegavam a fazer de oito a nove programas por dia, em valores que variavam acima de R$ 100". O dono do imóvel foi informado do fato, mas o mesmo não tinha conhecimento dos fins da locação.
No local foi apreendido uma caderneta de contabilidade que comprova o trâmite ilegal de exploração. Os organizadores do esquema serão indiciados por exploração sexual previsto no Código Penal, e podem cumprir pena de dois a cinco anos de prisão. Ele foram levados para a Penitenciária Ariosvaldo Campos Pires.