Funcionários da Imbel deflagram indicativo de greve nesta quarta-feira

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Funcion?rios da Imbel deflagram indicativo de greve nesta quarta-feira

Funcionários da Imbel aprovam indicativo de greve nesta quarta-feira

A empresa ofereceu percentual de 0,5% para manter a jornada de 42 horas semanais ou 4,5% com a jornada de 44 horas. As duas propostas foram rejeitadas

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6/04/2016

Funcionários da Indústria de Material Bélico do Brasil (Imbel), em Juiz de Fora, aprovam indicativo de greve na manhã desta quarta-feira, 6 de abril. Cerca de 130 trabalhadores rejeitaram a proposta apresentada pela empresa e votaram a favor ao indicativo por unanimidade, durante reunião realizada pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas, Farmacêuticas e de Material Plástico de Juiz de Fora e Região (Stiquifamp/JF), em frente a sede, no bairro Nova Era.

Conforme o presidente do Stiquifamp/JF, Scipião Junior, se as negociações com a categoria não avançarem, os trabalhadores vão paralisar as atividades. "A empresa ofereceu percentual de 0,5% para manter a jornada de 42 horas semanais ou 4,5% se os trabalhadores aceitarem voltar com a jornada de 44 horas semanais. Nós somos a única empresa de Juiz de Fora a conseguir reduzir jornada", explica.

Ele completa que a empresa está sendo comunicada quanto ao indicativo e que as cinco unidades poderão parar a qualquer momento caso não haja avanços. Agora, o sindicato aguarda que a Imbel marque nova data de reunião para negociações.

Nas primeiras reuniões o sindicato chegou a apresentar proposta de aumento sobre o Índice Nacional de Preços do Consumidor (INPC), que deve chegar a 12%, mais 5% de ganho real, além de outras questões. A data base da categoria é dia 1° de abril.

No município, são 250 trabalhadores, chegando a dois mil se somado as todas as sedes nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais.

Nota

Em resposta à solicitação enviada pelo ACESSA.com, a assessoria de comunicação da Imbel esclarece que:

"Inicialmente, esclarecemos que a IMBEL é uma empresa pública dependente do orçamento da
União e é dotada de personalidade jurídica de direito privado. O regime jurídico do pessoal da
IMBEL é o da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), sendo seu pessoal selecionado e
admitido por concurso público ou cedido pelas Forças Armadas, de acordo com a legislação em
vigor e as normas da Empresa.

Uma empresa pública difere dos demais órgãos e autarquias do executivo federal, também,
pela origem dos seus recursos. No caso da IMBEL, constituem fontes de recursos, além das
dotações orçamentárias da União, os valores resultantes da venda de seus produtos. Isso
significa dizer que produtividade é um parâmetro fundamental na captação de recursos para
custear despesas diversas.

As explicações anteriores procuram demonstrar que a IMBEL, como empresa pública, sofre
duplamente com os efeitos da grave crise econômica que se abateu sobre o país: além dos
significativos cortes e contingenciamentos orçamentários promovidos pelo executivo, ela teve
substancialmente reduzida sua capacidade de produção – por falta de recursos de
investimento, além de experimentar uma drástica redução na comercialização dos seus
produtos em decorrência das limitações financeiras de seus tradicionais clientes institucionais.

Consideradas as variáveis anteriores, a IMBEL procedeu a profundo e minucioso estudo para
planejar o desembolso financeiro de 2016, incluindo o pagamento do quadro de empregados,
contando, para isso, com a dotação orçamentária prevista na LOA e dos poucos recursos
provenientes da comercialização de produtos. A proposta apresentada pela empresa
contemplou o pagamento de seus empregados com a dotação prevista para o ano fiscal, sem
transferir o ônus da complementação salarial ao governo federal, cuja capacidade de
pagamento encontra-se seriamente comprometida. Agir de outra maneira
configuraria uma atitude hipócrita e populista da Diretoria da empresa, além de violentar,
flagrantemente, a Lei de Responsabilidade Fiscal. A fim de ilustrar a coerência da IMBEL a
respeito de tão importante tema, informamos que a proposta da Diretoria para reajuste dos
próprios vencimentos no corrente ano é de 0,0%, enquanto a dos empregados é de, até, 4,5%."