Macrorregições Centro e Leste do Sul avançam para onda amarela do programa Minas Consciente

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Quinta-feira, 28 de maio de 2020, atualizada às 17h39

Macrorregiões Centro e Leste do Sul avançam para onda amarela do programa Minas Consciente

Agência Minas

As macrorregiões de Saúde Centro e Leste do Sul avançaram, nesta quarta-feira, 27 de maio, para a onda amarela, que constitui a segunda fase do programa Minas Consciente. Desta forma, 154 cidades foram consideradas seguras para a reabertura de livrarias, papelarias e lojas de roupas e calçados. Criado pelo Governo de Minas, o Minas Consciente propõe a retomada econômica gradual e coordenada nas cidades mineiras durante a pandemia do coronavírus.

O avanço das duas macrorregiões foi definido em encontro do Comitê Extraordinário Covid-19, que se reúne periodicamente para discutir o avanço da doença no estado. São verificados fatores econômicos, como a geração de empregos por setor, e de Saúde, como o número de leitos disponíveis e a capacidade de atendimento das unidades de saúde em cada regional. Além disso, os técnicos incluíram na avaliação a taxa de letalidade da doença no Estado, que é de 3,4% até o momento. No Brasil, o percentual é de 6,3%.

Outra mudança proposta durante a reunião do Comitê foi o avanço da macrorregião de Saúde Sul da onda verde, que permite o funcionamento somente de serviços essenciais, para a onda branca. A evolução autoriza a reabertura de espaços como lojas de artigos esportivos e jogos eletrônicos, autoescolas e floriculturas em mais 154 cidades do estado. As macrorregiões Noroeste, Norte e Centro-Sul também seguem na onda branca, já que os indicadores mostraram que a taxa de ocupação de leitos permaneceu sob controle mesmo após a reabertura. As demais regiões do estado devem manter os protocolos da onda verde.

Apesar dos avanços, o governador Romeu Zema ressalta que o momento ainda é delicado e pede que a população continue agindo com cautela.

“Até o momento, a situação de Minas Gerais é de segurança, mas vale lembrar que nos últimos sete dias tivemos um aumento no número de novos casos confirmados e também de ocupação de leitos de UTI, com 8,5% deles ocupados com doentes por covid-19. A minha recomendação é que não baixemos a guarda. Temos que continuar fazendo tudo que está ao nosso alcance para evitar a disseminação da doença. Mantenham o uso de máscara, o distanciamento de 2 metros, as medidas de higienização, porque o coronavírus ainda está no meio de nós e a qualquer momento, se descuidarmos, pode vir um aumento acentuado de contaminação”, afirma.


O programa

Elaborado pelo governo estadual, o programa Minas Consciente setoriza as atividades econômicas em quatro “ondas” (onda verde – serviços essenciais; onda branca – primeira fase; onda amarela – segunda fase; onda vermelha – terceira fase), a serem liberadas para funcionamento de forma progressiva, conforme indicadores de capacidade assistencial e de propagação da doença.

O programa tem objetivo de orientar as prefeituras. Ficará a critério de cada prefeito aderir e seguir os protocolos em seu município. Os empresários que desejam reativar seus estabelecimentos devem consultar se a prefeitura local aderiu ao programa e seguir as orientações da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG). Até o dia 27 de maio, 84 prefeituras já tinham oficializado a adesão ao programa, abrangendo mais de 2 milhões de habitantes, correspondente a 11% da população mineira. Clique aqui para ver a relação das cidades.


Para a avaliação das ondas são analisados os dados fornecidos pela Sala de Situação da Secretaria de Estado de Saúde, que realiza o monitoramento constante dos municípios mineiros. São feitas atualização diárias (dados epidemiológicos, leitos e ocupação) e semanais (curvas de tendência global e regional), que permitem analisar a situação de cada macrorregião e os impactos de uma possível reabertura para o sistema de saúde local.

Com base nessas informações, foram definidos dois indicadores que mostram se o quadro da região é favorável à reabertura de novos setores nas macrorregiões Centro-Sul e Norte: relação entre a incidência de casos confirmados e a proporção de leitos ocupados; e a média de tempo para atendimento às solicitações de internações em leitos de UTI.

Onda amarela


As regiões de Saúde Centro e Leste do Sul avançaram para a onda amarela do programa Minas Consciente, permitindo, assim, a reabertura segura de novos segmentos de mercado. O avanço será possível graças às taxas controladas da doença nas regiões e o índice seguro de ocupação de leitos de UTI.

A partir de agora, poderão voltar a funcionar espaços como lojas de variedades, lojas de departamentos ou magazines (exceto Duty Free), tabacarias, livrarias, papelarias e lojas de vestuário.

As empresas dos setores deverão seguir protocolos de segurança para a reativação. Alguns deles são: demarcar com sinalização no lado externo do estabelecimento a distância de 2 metros entre as pessoas que ficarem nas filas; só permitir a entrada de clientes se estiverem utilizando máscaras; dar atendimento preferencial e especial a idosos, hipertensos, diabéticos e gestantes, garantindo um fluxo ágil de maneira que essas pessoas permaneçam o mínimo de tempo possível no interior do estabelecimento; e limitar o número de funcionários ao estritamente necessário para o funcionamento do serviço. Todos os protocolos estão disponíveis no site www.mg.gov.br/minasconsciente/empresarios.

Onda Branca


Além da macrorregião de Saúde Sul, que evoluiu para a onda branca, as regiões Noroeste, Norte e Centro-Sul, que já haviam progredido para o mesmo estágio, continuam apresentando taxas controladas da doença e, por isso, podem manter os protocolos mais flexíveis.

Vale lembrar que, para a reabertura segura, os comerciantes devem seguir os protocolos do programa Minas Consciente. Algumas das orientações são que os estabelecimentos tenham meios para higienização das mãos com água e sabão ou álcool em gel 70%. Eles também devem fornecer Equipamentos de Proteção Individual adequados para a atividade exercida e providenciar barreira de proteção física quando os funcionários estiverem em contato com o cliente.

Onda Verde


As regiões Nordeste, Jequitinhonha, Leste, Vale do Aço, Sudeste, Oeste, Triângulo do Sul e Triângulo do Norte ainda não apresentam índices favoráveis para a retomada de novos setores econômicos, já que a relação entre o número de leitos e a incidência de novos casos, além do tempo médio para internação após solicitação, não permitem uma folga confiável se o número de casos crescer em decorrência da reabertura de novos estabelecimentos.

Por isso, a orientação é que os municípios dessas regiões continuem seguindo os protocolos previstos na onda verde, para preservar a saúde da população e a capacidade de atendimento do sistema de saúde local.

Hotéis, atividade paisagística e design de produtos

Após parecer técnico apresentado na reunião do Comitê Extraordinário Covid-19, os hotéis passam a compor a onda verde do programa Minas Consciente, que engloba as atividades essenciais. A decisão foi tomada após avaliação do impacto econômico e da capacidade de adaptação do setor, como higienização e distanciamento social, e levando-se em conta que os espaços podem ser utilizados como moradia.

Também foram transferidos para a onda verde os setores de atividade paisagística (como decoração e paisagismo) e design de produtos, por pertencerem à cadeia de serviços da construção civil e da indústria, respectivamente.

Os protocolos a serem seguidos pelas empresas estarão disponíveis em breve no site programa.

Vale ressaltar que alguns setores foram excluídos das ondas por necessitarem de uma ótica diferenciada de tratamento. São eles:

Setores que só poderão ser retomadas quando houver controle da pandemia: atividades que geram um risco extremamente alto para a população brasileira, com grande aglomeração de pessoas e grande possibilidade de contágio, tais como grandes eventos, museus, cinemas e demais atividades incentivadoras de grandes aglomerações, além de turismo em geral, clubes, shoppings centers, academias, atividades de lazer e esportivas;

Instituições de ensino: estas atividades possuem uma ótica particular de funcionamento, que perpassam as ondas e que devem ser avaliadas pela Secretaria de Estado de Educação (SEE) em conjunto com as demais Secretarias;

Administração pública, organismos internacionais e transporte público: regulados em atos próprios.