Almas afirma que adoção de lockdown depende de decreto do estado
Almas afirma que adoção de lockdown depende de decreto do estado
Em transmissão ao vivo, realizada pelas redes sociais nesta quinta-feira, 25 de junho, o prefeito Antônio Almas informou que a taxa de ocupação de leitos nas unidades de terapia intensiva (UTI) do Sistema Único de Saúde (SUS) chegou agora a 85,71%. Na segunda feira, 22, esse índice foi ainda maior, chegando a 88%. Em virtude disso, o prefeito enfatizou a importância do isolamento social ser cumprido, para que não haja colapso no sistema de saúde. Outro assunto explicado é que as medidas para enfrentamento, inclusive econômicas e sanitárias, não são locais, pois, devido ao pacto federativo, Brasília é o centro da arrecadação dos recursos, portanto, exercendo papel fundamental no combate à pandemia.
Antônio Almas falou também sobre tema que está em alta nas redes sociais essa semana: o lockdown (Entenda o que é lockdown). Inclusive com fakenews, dizendo que já estaria na mesa do prefeito essa intenção. Na reunião realizada na última terça-feira, 23, com o Comitê de Enfrentamento ao Coronavírus, não foi definido o lockdown, que, a princípio, tem que ser decretado pelo estado. De acordo com o programa “Minas Consciente”, quando a taxa de ocupação nas UTIs é inferior a 78% pode ser feito o avanço de “onda”, caso os outros dados analisados indiquem isso. Quando a ocupação está entre 78 e 90% deve-se ficar em estado de alerta, e caso ultrapasse, há possibilidade de retrocesso, o que, no caso de Juiz de Fora, seria o lockdown.
"A cidade aderiu ao ‘Minas Consciente’, para que as decisões fossem tomadas em conjunto. Afinal, não basta só a cidade tomar atitude radical, como o lockdown, e o entorno não. Ao contrário do que o governador falou ontem, não cabe a cada prefeito, individualmente, avançar ou retroceder na ‘onda’. Como diz no programa do estado, essa decisão deve ser discutida de forma micro e macrorregional", enfatizou Almas.
O programa do Governo de Minas setoriza as atividades econômicas em quatro “ondas” (verde, branca, amarela e vermelha), a serem, ainda segundo o texto do programa, “liberadas para funcionamento de forma progressiva, conforme indicadores de capacidade assistencial e de propagação da doença, avaliando o cenário de cada região do estado e a taxa de evolução da covid-19”.
Nesta quinta-feira, 25, às 18h, o Comitê de Enfrentamento ao Coronavírus em Juiz de Fora volta a se reunir, para analisar a situação da região e discutir possíveis medidas a serem tomadas. Ainda de acordo com os dados divulgados, a cidade teve 655 casos suspeitos e 215 confirmados nessa semana.
Conforme estudos da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), há tendência de o maior número de casos suspeitos e confirmados, desde o início da pandemia, ser registrado no sábado, 27. E no final de semana do dia 4 de julho a situação poderá ser ainda pior. Os números mostram, ainda, que, em um mês, a taxa de ocupação de UTIs dobrou, e no inverno há aumento de patologias que precisam desses leitos, como infarto, acidente vascular cerebral (AVC) e infecções respiratórias, o que aumenta o risco de colapsar o sistema de saúde.
Antônio Almas reforçou, mais uma vez, a importância de o isolamento social ser cumprido, pois não basta a Prefeitura ter aumentado em 50% os leitos de UTIs – e estar buscando amplia-lo ainda mais, comprar equipamentos e tomar atitudes necessárias, se, individualmente, cada um não fizer sua parte: "A taxa de transmissão está em 1,13, quando o ideal é ficar abaixo de um. Isso aumenta o nosso risco de contágio. Precisamos ganhar tempo, para o sistema não entrar em colapso, e isso a gente só consegue com o isolamento social. Cada um de nós precisa fazer sua parte". O prefeito não descarta a possibilidade de endurecer as medidas de enfrentamento à pandemia.