Copam concede licença de instalação do aterro sanitário em Dias Tavares
Copam concede licença de instalação do aterro sanitário em Dias Tavares
Repórter
O Conselho de Política Ambiental de Minas Gerais (Copam) concedeu a licença de instalação do novo aterro sanitário de Juiz de Fora, em Dias Tavares. A decisão foi tomada em reunião plenária do órgão, na tarde desta segunda-feira, dia 27 de julho, em Ubá.
De acordo com o superintendente regional de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Supram) da Zona da Mata, Danilo Vieira Júnior, a determinação levou em conta o parecer encaminhado pelo Conselho Municipal de Meio Ambiente (Comdema), que julgou o aterro sanitário do bairro Salvaterra inadequado para receber o lixo da cidade.
Segundo Júnior, o próximo passo é conceder a licença de operação. "O Copam é responsável por dar esse parecer e o fará assim que o novo aterro estiver instalado."
O diretor do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (Demlurb), Aristóteles Faria, afirma que o espaço em Dias Tavares começará a funcionar assim que a vida útil do aterro de Salvaterra se esgotar. "Embora o Salvaterra tenha licença ambiental até abril de 2010, estima-se que sua capacidade para depósito de lixo seja esgotada entre o final do ano e o início de 2010. Tudo vai depender do montante de resíduos lá assentados. Sendo assim, o aterro em Dias Tavares deverá começar a operar nesse meio tempo."
Ação que pede perícia nos dois aterros continua
De acordo com o vereador José Sóter de Figuerôa Neto, a ação movida na Vara da Fazenda Pública Municipal, que solicita a realização de perícias técnicas nos dois aterros, segue em curso. Para ele, é importante que o aterro sanitário do Salvaterra continue funcionando por uma questão econômica. "O contrato firmado na problemática gestão anterior prevê um custo de R$ 10 milhões por ano para manutenção dos serviços em Dias Tavares. O atual aterro custa em média R$ 5,7 milhões para os cofres públicos, lembrando que se trata de uma concessão, na qual os encargos acabam pesando no bolso no contribuinte."
Segundo Figuerôa, a perícia em Dias Tavares é necessária, pois a área é atualmente categorizada como sendo de classe 1 pela Secretaria de Estado de Meio-ambiente, ou seja, de pequeno porte e pequeno ou médio potencial poluidor, considerada de impacto ambiental não significativo. "No entanto, essa classificação deve ser revista, já que por ali passa o Córrego Olaria e várias nascentes, o que impossibilita a criação de um aterro naquele local."
Os textos são revisados por Madalena Fernandes