Ainda em fase experimental, projeto Cidade Verde deve ser lançado até o fim de mavão
Ainda em fase experimental, projeto Cidade Verde deve ser lançado até o fim de março
Repórter
O processo de reflorestamento de 19 áreas verdes de Juiz de Fora segue em fase experimental. O plantio efetivo de áreas verdes, através do projeto Cidade Verde, era esperado para ser iniciado em outubro, na Fazenda Municipal Verbo Divino, no bairro São Judas Tadeu. Entretanto, só deve ser lançado no final de março.
A justificativa para o atraso é a ocorrência de testes que estão sendo feitos pela empresa responsável pelo reflorestamento. "O plantio das mudas será realizado com gel, por isso é necessária essa fase de testes em laboratório. Outra empresa de Lavras está nos ajudando com as experiências", informa a superintendente da Agência de Gestão Ambiental de Juiz de Fora (Agenda-JF), Sueli Reis.
De acordo com o analista ambiental do núcleo juizforano do Instituto Estadual de Florestas (IEF), responsável pelo monitoramento técnico do plantio, José Maurício Ferreira da Silva, outras experiências de biodiversidade estão sendo realizadas na Fazenda Municipal Verbo Divino e no Parque da Lajinha. "O reflorestamento nessa magnitude — de 137 mil mudas — requer um cuidado especial na escolha das espécies. Estamos testando a concorrência natural entre 25 ou 35 espécies distintas a serem plantadas. Além disso, o teste vai dizer se as mudas que vieram de outros locais vão se adaptar bem em Juiz de Fora."
O cronograma inicial previa o plantio das mudas até meados de abril, fim do período chuvoso. "De maio a setembro, seria feito reflorestamento pontual de áreas consideradas úmidas, principalmente as regiões ribeirinhas", lembra Silva. No entanto, Sueli informa que o plantio com gel independe do período chuvoso. "Com essa tecnologia vamos ampliar o tempo disponível e não ficaremos presos à época natural de plantio."
O Cidade Verde prevê o reflorestamento de 106 hectares de florestas municipais, Áreas de Preservação Permanente (APP) e do Parque da Lajinha. Com orçamento estimado em R$ 2 milhões, o projeto já conta com recurso de R$ 260 mil, disponibilizado pelo IEF, e verba de R$ 700 mil, proveniente de licenciamento ambiental em APP.