Projeto traz soluções para questáo do aterro sanitário em JF
Projeto traz solu?es para quest?o do aterro sanit?rio em JF Equipe de profissionais da UFJF levantou ?reas ideais para a implanta??o do aterro sanit?rio na cidade. Projeto deve ser conclu?do este m?s
Rep?rter
04/07/2008
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Segundo o professor da Faculdade de Engenharia da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) C?zar Henrique Barra Rocha,
a ?rea onde est? o atual aterro sanit?rio da cidade n?o ? apropriada para seu funcionamento
. "O local apresenta uma topografia acidentada e v?rias nascentes de ?gua comprometidas. Al?m disso, a bacia que passa pelo local ? classificada como I"
.
"O aterro do Salvaterra ocupa uma ?rea de nascentes e, por isso, n?o est? de acordo com a resolu??o", afirma o professor. A Delibera??o Normativa do Conselho Estadual de Pol?tica Ambiental (Copam), n? 52, de 14 de dezembro de 2001, diz, em seu artigo 4?, que fica vedada a instala??o de sistemas de destina??o final de lixo em bacias cujas ?guas sejam classificadas na Classe Especial e na Classe I. O objetivo ? a prote??o de mananciais destinados ao abastecimento p?blico.
Por causa da exist?ncia desse aterro e da possibilidade de funcionamento de um outro, tamb?m com algumas irregularidades ambientais, uma equipe multidisciplinar, com profissionais do curso de Geografia, Biologia e Engenharia da UFJF, colocou em pr?tica um projeto para apontar ?reas favor?veis ? instala??o de aterros sanit?rios na cidade. A previs?o ? que ele seja finalizado ainda este m?s.
A partir desses mapas, a equipe chegou a um outro que identifica as ?reas potenciais para os aterros. Essa foi a primeira parte do projeto An?lise Ambiental por Geoprocessamento de ?reas para Aterro Sanit?rio: aplica??o em Juiz de Fora/MG. A segunda parte consistiu na an?lise da legisla??o ambiental, quando as ?reas foram submetidas ?s resolu?es do Copam.
A terceira parte foi calcular o tamanho de cada local levantado e, assim, chegar ? ?rea e ? vida ?til de cada um, levando em considera??o a sua altura. A ?ltima parte estuda os acessos: a dist?ncia dos locais ao centro gerador de lixo, a densidade demogr?fica e a condi??o das estradas.
Finalizadas todas as etapas, o professor pode dizer que, at? o momento, uma ?nica ?rea atende todos os requisitos, inclusive os ambientais. "Mas, levando em considera??o que o Copam est? autorizando que alguns aterros funcionem em ?reas que n?o obedecem ? legisla??o, apontamos tr?s ?reas na cidade"
.
Aterro de Joasal
O local est? a 12 quil?metros do centro gerador de lixo, o Parque Halfeld. "? a ?rea mais perto que encontramos. At? uma dist?ncia de 20 Km ? considerado bom", explica. Sobre o acesso, C?zar diz que o local n?o tem grande densidade populacional. "A cidade n?o vai crescer para este lado nos pr?ximos anos", diz. A ?rea apontada pela pesquisa ? a ?nica em que o rio Paraibuna ? classificado como dois. "De classe dois para cima, o aterro pode ser colocado. Quanto maior a classifica??o, pior a qualidade da ?gua", esclarece.
Aterro de Filgueiras
"Pelo caminho mais curto, o governo precisaria investir no acesso, j? que esta ? uma estrada estreita e passa por n?cleos populacionais. Por?m, ? a ?rea menos urbanizada atualmente, o que causaria menos impacto ? popula??o". Isso n?o ? o que acontece no percurso mais longo, onde a pista ? simples e passa por ?rea muito urbanizada. "Geraria mais conflito social neste caso", acrescenta.
Al?m da quest?o do acesso, outra restri??o ? a classifica??o do c?rrego que passa pelo local. Ele ? classificado como I e, na teoria, n?o seria permitido a constru??o do aterro neste local.
Aterro de Ponte Preta
O acesso a este local j? est? pronto e n?o geraria conflito social por estar em uma ?rea industrial. Por?m, o trecho de ?gua que passa por este local ? classificado como I, o que n?o ? permitido pela DN do Copam. "Em algumas situa?es, o espa?o n?o atende por causa da legisla??o ambiental, mas o ?rg?o estadual
aprova"
, enfatiza.
Outras restri?es
Os tr?s espa?os apontados por C?zar s?o particulares e precisariam ser adquiridos, inclusive com algumas desapropria?es. Al?m disso, h? o inconveniente da desvaloriza??o dos terrenos pr?ximos ao aterro. H? o impacto do mau cheiro, dos urubus e da presen?a dos catadores. "Mas quando a obra ? realizada de forma correta desde o come?o, n?o h? grandes impactos", garante.