A quem interessa o tombamento do campo do Granbery?

Votação ocorre na próxima semana

Por Antônio Braga

Colégio Granbery negocia venda de área de esportes onde ocorreu a primeira partida de futebol do Brasil

ARTIGO DE OPINIÃO - Esses dias estamos assistindo esse grande debate com relação ao tombamento do campo do Granbery, em Juiz de Fora. Muito se fala sobre o fundamento para tal decisão, que seria a realização da primeira partida de futebol no Brasil, mas para falar a verdade, não consigo entender toda essa discussão.

Tombar um campo que não guarda nenhuma característica dessa suposta partida? Do que estamos falando? Por outro lado, existe a necessidade do colégio de vender o campo para tentar resolver, em parte, sua delicada situação financeira, com risco de inviabilizar o colégio e por consequência acontecer o pior, o fechamento dessa importante instituição em nossa cidade.

Sabemos que os colégios do grupo, passam por dificuldades financeiras, com um endividamento que está inviabilizando a operação, por outro lado temos a implementação de um grande empreendimento imobiliário que vai gerar empregos e negócios na nossa tão combalida economia da cidade. Nada acontece na nossa região! Os antigos falariam que enterraram uma caveira de burro na nossa cidade. É incrível como reagimos ao desenvolvimento.

Em outro artigo tinha destacado a capacidade de Uberlândia se desenvolver e falei que tudo dependia de como os nossos representantes entendiam a necessidade do desenvolvimento da cidade. A nossa representante do Executivo tem que decidir se ela é prefeita de uma cidade que precisa de investimento, emprego, empresas ou se é militante de uma política atrasada, olhando o desenvolvimento como um inimigo.

Essa discursão do Granbery chega a beira da loucura. O que realmente estamos discutindo? Manter uma área exclusiva para poucos em nome de um suposto primeiro jogo de futebol no Brasil ou oferecer à nossa cidade a possibilidade de trazer novos investimentos e desenvolvimento para muitos. Deveríamos estar discutindo contrapartidas para a população, gerando o que o Partido dos Trabalhadores (PT) prega o tempo todo. Democratizar os espaços restritos. A prefeita Margarida Salomão não tem o direito de se eximir dessa responsabilidade. A maioria do Conselho irá votar de acordo com o que ela definir!

 

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