'Subúrbio tem cheiro de alegria', diz Rafael Portugal sobre nova série
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - Nascido e criado em Realengo, bairro tradicional do subúrbio carioca e imortalizado por Gilberto Gil na canção "Aquele Abraço", Rafael Portugal, 37, assume ser suburbano de coração e alma. E é exatamente para mostrar as delícias e orgulho de viver em uma área afastada dos centros urbanos de uma grande cidade, que o ator, humorista e músico comanda a série documental "Coração Suburbano".
A produção original do Paramount+ estreia nesta segunda-feira (26) e foi criada pelo próprio Portugal, seguindo a linha das atrações em que famosos visitam lugares e entrevistam pessoas comuns. Em "Coração Suburbano", Rafael Portugal passeia e mostra as peculiaridades de subúrbios de várias capitais do Brasil. Ele também conversa e se emociona nos encontros com os "locais" e alguns famosos.
São seis episódios previstos nesta primeira temporada (a continuação da série é uma possibilidade) e os subúrbios visitados são Aglomerado da Serra e Barreiro, em Minas Gerais; Capão Redondo e Brasilândia, em São Paulo; além de Madureira e, claro, Realengo, no Rio de Janeiro.
Em conversa com a Folha de S.Paulo, Rafael Portugal fala sobre a emoção de mostrar Realengo. "Estar lá é sempre uma felicidade que só quem vive e conhece o seu lugar sabe o que é. É o meu lugar. Não moro mais lá porque é muito chão dos lugares onde eu trabalho, por exemplo. Mas estou sempre em Realengo e ir para o subúrbio é tão importante quanto a terapia que faço às quartas-feiras".
JOGO RÁPIDO SOBRE SER SUBURBANO
PERGUNTA - Ser suburbano é...
RAFAEL PORTUGAL - É ser feliz. Ser feliz de verdade e aquele sujeito simples que não só aperta a sua mão como te dá um abraça apertado e são aquelas pessoas que não conversam baixo. No subúrbio, é todo mundo gritando (risos).
P.- O que tem de especial um morador do subúrbio?
RP- A espontaneidade
P.- O subúrbio tem cheiro de quê?
RP- Tem cheiro de alegria. Sabe quando acaba a luz da vizinhança e todo mundo vai para a calçada conversar e contar histórias para rir? É isso. Encarar tudo de frente com bom humor. Entender que existe o caos, mas rir dele deixa a vida mais leve.
P.- O que você encontrou nos subúrbios que visitou para série?
RP- Encontrei gente vivendo de arte. Fazendo e gerando arte ali. Sem depender de nada, sem depender de ninguém. Isso me tocou demais.
P.- "Coração Suburbano"...
RP- É um privilégio. É uma série que eu sempre tive vontade de fazer e estou tendo a sorte de colocá-la na televisão. Um projeto que fala de amor, amizades, sonhos, raízes e felicidade.