Regina Duarte usa jingle da ditadura em vídeo pós-votação

Por Folhapress

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - Apoiadora de Jair Bolsonaro, Regina Duarte resolveu compartilhar com seus seguidores o vídeo que fez durante a sua passagem em uma zona eleitoral neste domingo (2). Nas imagens, a atriz mostrou como foi esperar para votar na urnas e ainda brincou que tinha ficado com o coração acelerado antes da votação. Regina, 75, usou como trilha sonora do vídeo um hino ufanista do regime militar bastante popular no anos de 1970: "Eu te amo, meu Brasil".

Gravado pelo grupo Os Incríveis, a música é uma composição de Dom, da dupla cearense Dom & Ravel, que ficou marcada como adesista [como eram chamados os artista favoráveis ao regime militar]. A letra, que virou até um jingle, diz: "Eu te amo, meu Brasil, eu te amo / Meu coração é verde, amarelo, branco, azul-anil / Eu te amo, meu Brasil, eu te amo / Ninguém segura a juventude do Brasil".

Ex- secretária de Cultura do governo Bolsonaro por três meses em 2020, Regina vestiu uma camisa da seleção brasileira de futebol e casaco amarelo para votar. Ela ainda registrou a recepção que recebeu de alguns fãs logo após sair da zona eleitoral.

Recentemente, a atriz fez um vídeo em que defende o atual presidente do que ela chamou de massacre sem tréguas de parte da população. Segundo Regina, "o ódio se espalha através da ignorância. E boa parte da rejeição ao presidente se deve a uma completa ignorância".

O vídeo foi postado na conta oficial da artista no final de setembro, logo depois de estrelas da música e da dramaturgia aparecerem em um outro vídeo de uma campanha nas redes sociais a favor de Lula. No conteúdo, nomes como Caetano Veloso, Gal Costa, Alinne Moraes, Cláudia Abreu e Zezé Polessa pedirem um 'vira voto' para o candidato petista Luiz Inácio Lula da Silva à presidência nas eleições 2022.

Regina Duarte continuou seu discurso em prol de Bolsonaro ao associar o ódio de parte do eleitorado a uma "propaganda massiva, diária e sem tréguas que vem massacrando os brasileiros há mais de três anos e meio contra seu presidente eleito democraticamente".