Elenco de 'Pantanal' comenta que reta final da novela 'parece formatura'

Por Folhapress

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - "Pantanal" chega ao fim na próxima sexta-feira (7), e as gravações já se encerraram na semana passada. Entre os atores, o clima é de festa e despedida.

"Criamos um clima gostoso entre elenco, equipe, direção e acho que isso transpareceu para a tela. O sentimento agora é que o coração está doendo", diz Guito, que interpreta Tibério. "Está parecendo formatura do terceiro ano, quando a gente começa a assinar as camisas. Mas também dá um alívio de dever cumprido, de ter entregado uma boa história, bonita".

Camila Morgado, que interpreta Irma, conta que já trabalhou em várias produções da Globo e considera esse entrosamento raro: "O que aconteceu em 'Pantanal', que é muito legal e muito raro, é que equipe e elenco se dão muito bem, a gente se gosta, a gente quer estar junto, a gente se pertence, todo mundo se sente pertencido. Isso é raro, a gente conta nos dedos os trabalhos que ficam em um lugar muito especial".

Já Bella Campos, a Muda, fala sobre a relação com os telespectadores: "Foi lindo ver a generosidade do público com a gente. Nós nos sentimos todos parte da mesma família, a família Leôncio. Eu percebo isso quando as pessoas vêm me falar da novela e eu acho que é por isso, porque é uma trama acolhedora. Eu vejo que as pessoas têm essa sensação de pertencimento à cozinha da Filó, às rodas de viola. De alguma forma, parecia que o público estava sempre ali com a gente e isso foi muito gostoso".

Marcos Palmeira, que interpretou Tadeu na primeira versão e agora voltou como Zé Leôncio, reflete: "Eu sinto que o dever está cumprido e fico muito honrado por ter vivido esse momento único. Na minha idade, lembrar do tempo, da outra novela, representar esse papel que fez tanto sucesso com Claudio Marzo, um grande amigo... Tudo isso é especial. A gente pode acreditar na dramaturgia de verdade, não ter medo de contar a história, de dar tempo a ela, sair um pouco desse universo digital. É uma novela analógica, se você pensar, o tempo, a história, a dinâmica de vai e volta. A gente tem de acreditar na dramaturgia. Um texto bom é muito difícil que não dê certo. Alguns sucessos me surpreendem mais, esse não me surpreendeu. O que me surpreendeu foi a dimensão que tomou".

Isabel Teixeira, que interpreta Maria Bruaca e tem mais experiência no teatro do que na televisão, também se surpreendeu: "Quando eu me dei conta de que muita gente estava assistindo, comecei a fazer a conta de quantas pessoas assistiram e quantas sessões de uma peça de teatro eu teria que fazer para alcançar esse público... E aí fui me dando conta desse alcance e desse poder do público. É o público que manda, a gente trabalha para ele e ele responde. Em 'Pantanal' ele respondeu com esse novo instrumento, que são as redes sociais, que literalmente escreve junto".

"'Pantanal' está ainda modificando muito a minha vida a cada dia. É tanta coisa que se vive, tanta transformação, interna, externa, e eu sinto que ainda é cedo para digerir tudo isso", reflete Alanis Guillen, a Juma. Jesuíta Barbosa, o Jove, afirma: "A sensação é de que nós, do elenco e equipe, nos tornamos amigos, uma família. Acho que tem muito da casa do José Leôncio nesse sentimento, uma sede familiar. Isso aconteceu nos bastidores, tem uma família de pessoas que eu gosto e todo mundo sente a mesma coisa. De 'Pantanal' em mim fica muita ternura, atenção e cuidado com o outro".

Aline Borges, que interpreta Zuleica, contou na sexta-feira que se emocionou ao se caracterizar pela última vez: "Hoje, me maquiando em casa, quando me olhei no espelho e lembrei que seria o último dia de gravação, me atravessou uma vontade de chorar. Não de tristeza. De alegria, de gratidão, de ter a oportunidade de viver um encontro como esse. Hoje eu vim me preparando para chorar, deixar a emoção extravasar e com um sentimento de gratidão gigante".