Yasmin Brunet diz ter sido assediada na Fórmula 1 e que segurança não fez nada

Por LEONARDO VOLPATO

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A modelo e influenciadora Yasmin Brunet, 34, afirmou por meio das redes sociais que sofreu um assédio na etapa do Grande Prêmio de Fórmula 1 em Interlagos, onde esteve no sábado (12). Segundo ela, o segurança do local não agiu.

"Me segurando para não chorar de ódio por estar nesta situação", começou. "Ser mulher é um teste diário. Mais uma vez assediada e sabe o que o cara fala para o segurança? Que estou bêbada, que estou inventando. Todo mundo viu", afirmou.

"Um homem jamais vai saber o que é ser uma mulher. Quando nos sentimos como uma coisa, um objeto, um pedaço de carne que foi posto na Terra", emendou.

Amiga de Brunet, a modelo Bruna Santana estava com ela e também relata ter sofrido assédio. Ambas falaram mais sobre o caso em outro vídeo.

"Na hora que levantamos para ir embora, o rapaz fez um movimento obsceno, sexual, e começou a falar: 'gostosa, gostosa', e bater palma", contou Yasmin. "Voltei lá e falei um monte para ele, porque fica muito valente na frente dos amigos", disse a modelo.

Segundo ela, na hora que confrontou o homem ele ficou constrangido. "Voltei e falei para ele: 'Se eu chegar aí agora, você vai fazer alguma coisa ou você só é valente assim quando a gente vira as costas para ir embora?'. Aí o cara já abaixou a cabeça. Falei: 'Você tem filha? Espero que ela nunca tenha que passar por isso", finalizou Brunet.

ORGANIZAÇÃO VAI APURAR

Procurada, a comunicação da Fórmula 1 em Interlagos afirma em nota que vai apurar o que aconteceu. "Já iniciamos processo de apuração para verificar eventual omissão de um de nossos agentes", diz trecho do comunicado.

O GP São Paulo reitera que repudia todo tipo de discriminação e assédio moral ou sexual e afirma que esse posicionamento está expresso em seus normativos.

Também afirma que adotam medidas para coibir essas práticas no autódromo. "Promovemos treinamento de toda a equipe, investimos em comunicação junto ao público e disponibilizamos canais para denúncias e pedido de auxílio".

A nota termina com lamentação profunda que Yasmin e Bruna tenham sido vítimas de violência.