Adriano Pedrosa, do Masp, é escolhido como curador da próxima Bienal de Veneza
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Adriano Pedrosa, diretor artístico do Masp, o Museu de Arte de São Paulo, será o curador da próxima edição da Bienal de Veneza, em 2024. É a primeira vez que a mais antiga bienal de artes escolhe um nome latino-americano para o cargo.
A bienal também divulgou nesta quinta-feira as datas de sua edição de número 60 -de 20 de abril a 24 de novembro de 2024.
"Sinto-me honrado por esta nomeação de prestígio. A bienal é certamente a plataforma mais importante para a arte contemporânea no mundo, e é um desafio emocionante e uma responsabilidade embarcar neste projeto", afirmou Pedrosa. Ele também será o primeiro curador do evento baseado no hemisfério sul.
O presidente da bienal, Roberto Cicutto, afirmou que Pedrosa "é conhecido pela competência e originalidade que tem demonstrado ao conceber suas exposições com uma visão aberta ao contemporâneo, trabalhando a partir de um ponto de observação do mundo que não pode desconsiderar a natureza de seu lugar de origem".
Pedrosa é formado em direito pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro e tem mestrado em arte e escrita crítica pelo California Institute of the Arts.
Ele foi curador adjunto da 24ª Bienal de São Paulo (1998), curador responsável pelas exposições e coleções do Museu de Arte da Pampulha de Belo Horizonte (2000 - 2003), cocurador da 27ª Bienal de São Paulo (2006), curador do InSite_05 (San Diego Museum of Art, Centro Cultural Tijuana, 2005), curador do 31º Panorama da Arte Brasileira (Museu de Arte Moderna, São Paulo, 2009), cocurador da 12ª Bienal de Istambul e curador do pavilhão de São Paulo na 9ª Bienal de Xangai (2012).
No ano que vem, Pedrosa receberá o prêmio Audrey Irmas de Excelência Curatorial. Oferecido pelo Center for Curatorial Studies do Bard College, de Nova York. O reconhecimento é destinado àqueles que contribuem de forma significativa para o segmento curatorial.
No Masp desde 2014, Pedrosa foi responsável por remontar a coleção permanente do museu usando versões atualizadas dos cavaletes de vidro concebidos pela arquiteta Lina Bo Bardi.