Morre o comentarista esportivo Paulo Roberto Martins, conhecido como Morsa, aos 78 anos
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS )- Morreu na noite de segunda-feira (19) o jornalista e comentarista esportivo Paulo Roberto Martins, conhecido como Morsa. Ele tinha 78 anos e foi vítima de problemas cardíacos.
Segundo Milton Neves, jornalista esportivo que trabalhou com Paulo ao longo da carreira, o comentarista teve um princípio de infarto no domingo (18), quando estava com a família em um sítio em Atibaia, interior de São Paulo. Ele foi submetido a uma angioplastia para desentupir as artérias do coração, mas não resistiu.
Ele começou a carreira em 1972, quando fez análise de partidas de futebol em Santos, litoral de São Paulo. Em 1984, começou a trabalhar na rádio Gazeta, onde ficou até 1989, quando entrou na Globo e lá permaneceu por 16 anos. Ao longo da carreira, trabalhou também na rádio Record.
Muito conhecido no meio esportivo, venceu o prêmio da Associação dos Cronistas Esportivos do Estado de São Paulo como o melhor comentarista esportivo da TV Aberta, em 2015.
Em março de 2022, Paulo foi demitido da Rádio Transamérica após chamar o treinador Abel Ferreira de "boçal" e "idiota". O comentarista não se manifestou na época e a emissora afirmou que não compactuava com as opiniões do profissional.
O apelido Morsa foi dado por Milton quando trabalharam juntos no programa Terceiro Tempo, na Record, entre 2002 e 2007. Ele prestou homenagem ao amigo e afirmou que foi um privilégio ter trabalhado ao lado de Paulo por tantos anos.
"Uma das vozes mais ouvidas da imprensa esportiva brasileira em todos os tempos! Que Deus te receba de braços abertos."
Nas redes sociais, o Santos publicou uma homenagem ao jornalista. "O ex-comentarista sempre respeitou e exaltou o Peixão em suas participações no rádio e televisão", diz a nota.
Outros amigos e colegas de profissão também lamentaram a perda nas redes sociais e exaltaram a contribuição de Paulo ao jornalismo esportivo brasileiro.
Flávio Prado, ex-comentarista da TV Gazeta, falou no Twitter que o jornalista era um "grande cara e grande profissional."