Polícia abre inquérito para investigar suposta intolerância religiosa de mãe Larissa Manoela
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - A Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) abriu um inquérito na tarde desta terça-feira (22) para investigar uma suposta intolerância religiosa da mãe de Larissa Manoela. Em uma mensagem enviada à filha na véspera do Natal de 2022, Silvana Taques usou o termo "macumbeira" ao se referir à família do noivo da atriz, André Luiz Frambach.
"Esqueci de te desejar... que você tenha um ótimo Natal aí com todos os guias dessa família macumbeira. kkkkkk", escreveu a pedagoga em uma conversa com Larissa pelo WhatsApp. Frambach e os familiares são espíritas kardecistas e o termo "macumbeiro" é considerado pejorativo para se referir a religiões de matriz africana. A informação foi confirmada pela Polícia Civil do Rio.
A denúncia foi feita pela Comissão de Combate à Intolerância Religiosa do Estado do Rio de Janeiro em articulação com o Centro de Articulação de Populações Marginalizadas (CEAP). "A configuração desse ato discriminatório apresenta-se como formas contemporâneas do racismo, que objetiva preservar a incolumidade dos direitos da personalidade, como a essencial dignidade da pessoa humana", diz um trecho do documento, assinado pelos advogados Carlos Nicodemos e Maria Fernanda Fernandes.
Depois de acusar os pais de abuso na administração de sua carreira e de seus bens, Larissa rompeu com os parentes e decidiu abrir mão de seu patrimônio, avaliado em R$ 18 milhões. Silvana e Gilberto ficaram com tudo e colocaram à venda uma mansão na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, avaliada em R$ 10 milhões. A atriz foi informada pelo F5 sobre a negociação.
Silvana Taques foi procurada pelo F5, mas não respondeu até o fechamento da reportagem. O advogado que representa ela e o marido Gilberto Elias também não deu retorno sobre o tema.