Assim como Faustão, Mussum teve prioridade na fila de transplante de coração
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A exemplo do que aconteceu com o apresentador Fausto Silva, o Faustão, de 73 anos, Mussum também teve prioridade na fila de transplante de coração. O humorista de "Os Trapalhões" e músico ficou cinco dias internado com insuficiência cardíaca grave até receber o órgão.
Na ocasião, Mussum foi internado no começo de julho de 1994 no Hospital Pró-cardíaco, no Rio de Janeiro. No dia 7 daquele mês, foi transferido ao Hospital Beneficência Portuguesa, em São Paulo, e no dia 12 já foi submetido à cirurgia de transplante de coração.
No caso do humorista, o transplante era necessário porque ele tinha uma miocardiopatia dilatada, doença em que o coração aumenta seu tamanho e não trabalha satisfatoriamente. O transplante transcorreu bem e não houve rejeição ao novo órgão.
No entanto, Mussum passou a apresentar problemas após a cirurgia. O primeiro foi um acúmulo de coágulos sanguíneos no tórax. Para retirar esses coágulos, ele foi novamente para a mesa cirúrgica. No dia 22 de julho daquele ano, seu pulmão foi tomado por uma infecção grave, que o matou.
No último fim de semana, foi Faustão quem passou pela cirurgia de transplante de coração. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, ele contou com uma combinação de fatores técnicos para receber o coração de um doador, no domingo (27).
A Central de Transplantes do Estado de São Paulo realizou a oferta de um coração à equipe transplantadora responsável por Faustão. Após avaliação, os médicos aceitaram o órgão e iniciaram a captação e implante.
A seleção gerada para esse coração trouxe 12 pacientes que atendiam aos requisitos. Entre os potenciais receptores, quatro tinham prioridade devido à gravidade das suas condições de saúde. O apresentador ocupava a segunda posição nesta seleção.
A equipe transplantadora do paciente que ocupava a primeira posição decidiu pela recusa do órgão e, desta forma, a oferta seguiu para o segundo paciente, que era Faustão. Recusas podem ocorrer devido a potenciais incompatibilidades entre receptor e doador.