Corpo de Merini estava embaixo de viaduto com fraturas no crânio, diz Samu
SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - O ator e modelo Ricardo Merini, 37, foi encontrado sem vida embaixo de uma viaduto na região central de São Paulo no sábado (22), mas seu corpo só foi localizado neste sábado (28), em um IML (Instituto Médico Legal) da capital paulista -até então, ele era considerado desaparecido.
Em entrevista ao Domingo Espetacular (RecordTV), o socorrista do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), Túlio Comba, que atendeu a ocorrência, disse que o artista estava caído em uma rampa de acesso aos pedestres, com fraturas no crânio, no punho e no tornozelo.
Merini foi encontrado sem vida, sem documentos e sem o celular. Ele foi levado para o IML como indigente. O socorrista contou que avisou a sua chefe que o corpo achado naquele sábado poderia ser do ator após ver uma reportagem na TV e as descrições coincidirem.
Bruna Ianka, amiga de Ricardo, contou à reportagem que procuraram o IML mais de duas vezes para pedir informações, mas foi dito que não havia "nenhum corpo com as características dele". "Ele estava aqui desde sempre e a gente a ver navios, nenhuma notícia, nenhum respaldo, nenhum amparo, nada. A dor é grande, a gente perdeu um amigo, uma pessoa muito importante, especial, está difícil suportar. Ele resume alegria, felicidade, positividade. Era isso que era o Ricardo", desabafou.
No dia em que morreu, Ricardo Merini havia chegado de uma viagem feita a Chapecó, em Santa Catarina, onde tinha ido para visitar a família. Cerca de duas horas depois de chegar no prédio em que morava na Bela Vista, bairro no centro de São Paulo, ele saiu para encontrar um amigo, mas morreu no meio do caminho.
Até o momento, não foi revelado se Merini passou mal ou se foi atacado durante o trajeto. Também não há informações de que ele sofresse algum tipo de ameaça ou tivesse inimizades. O celular do ator não foi encontrado pelos socorristas, mas os investigadores já identificaram o aparelho em uma comunidade localizada na zona oeste da capital por meio do GPS. A polícia informou que a quebra do sigilo telefônico pode ajudar a elucidar o caso.
Em nota, a SSP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo) informou que o corpo foi encontrado no último dia 22 e identificado pelo IIRGD (Instituto de Identificação Ricardo Gaumbletaun Daunt), após encaminhamento das digitais dactiloscópicas coletadas pelo IML. Peritos colheram as impressões digitais e fotografaram o corpo do homem, que não possuía documentos.
Após a identificação, a família foi comunicada para fazer o reconhecimento do corpo. Conforme a SSP, as investigações prosseguem pela 5ª Delegacia de Pessoas Desaparecidas do DHPP para esclarecer os fatos.