A energia do aplauso

Desde pequenos, batemos palmas. E procure se lembrar... Esse gesto está sempre ligado a quais situações? Eu nunca vi alguém bater palmas quando está triste. Pelo contrário, esse gesto nos acompanha nas situações mais felizes.

Mas por que? Eu me fiz essa pergunta uns tempos atrás, logo após receber aplausos muito calorosos. O que tem nesse gesto que o torna tão especial e cheio de significado?

No dicionário, aplaudir significa bater palmas em sinal de aprovação. Aprovar, louvar, elogiar. E pensando nisso, cheguei à conclusão de que o aplauso é também uma maneira muito eficaz de comunicação.

Pense como seria inviável que cada pessoa de uma plateia dissesse ao artista, ao final de um espetáculo, o que sentiu. Não haveria tempo e, além disso, às vezes sentimos emoções que não conseguimos verbalizar, não é?

O aplauso surge para que possamos dizer, mesmo sem proferir uma só palavra, que algo nos fez imensamente feliz e que queremos que o responsável por essa alegria saiba disso.

Aplaudimos artistas para que eles saibam que sua arte tocou nosso coração, aplaudimos a formatura de uma pessoa querida para que ela saiba que admiramos a sua vitória, aplaudimos os primeiros passos ou a primeira palavra dita por um filho para exaltar essa pequena vitória, aplaudimos o aniversariante para que ele saiba o quanto é importante, aplaudimos uma boa piada, aplaudimos, muitas vezes, o pôr do sol...

Aplaudir é pra quem recebe o aplauso, mas também para aquele que aplaude... A energia boa que emana desse gesto faz bem pra quem recebe e mais ainda pra quem dá. Porque o bem, seja lá de que forma, verbal ou não, não distingue seus receptores. Todos se beneficiam dele.

E a energia de um aplauso está cheinha de bem... Então não economize! Se der vontade, aplauda! Se não for suficiente, aplauda de pé! O mundo precisa que o bem seja distribuído aos montes.

Não importa se você está aplaudindo um grande espetáculo ou uma pequena vitória; o que importa é que algo te fez bem e que você deseja retribuir.

Vamos aplaudir mais a vida? Fica aqui o meu aplauso a você que leu esse texto e, com certeza, me fez feliz!

• Dança que transforma vidas
• Entendendo a Dança do Ventre

• Rafaela Alves é professora e bailarina de Dança do Ventre e Folclore Árabe desde 2001. Conquistou o padrão de qualidade em dança da renomada Casa de Chá Khan el Khalili/SP em 2013. Proprietária do Studio de Danças Rafaela Alves. Formada em Direito pela UFJF.