Bombocado comemora cinco anos de pagode nos palcos de Juiz de Fora
Bombocado comemora cinco anos de pagode nos palcos de Juiz de Fora
Outro motivo para celebrar é que, neste mês, os pagodeiros celebram um ano de apresentações em um bar da cidade
Repórter
3/7/2012
As letras do pagode ganham som nas vozes dos oito meninos que compõem o grupo Bombocado. Formado por Aurélio (pandeiro e voz); Cacata (rebolo); Fael (surdo); Gui (contrabaixo e voz); Henrique (percussão); Nelsinho (cavaco e voz); Renato (violão e voz) e Sunção (percussão e voz), o grupo de amigos comemora cinco anos e 500 shows este ano. Para brindar a data, o Bombocado vai festejar neste sábado, 7 de julho, no Viva Hall.
"Essa festa de cinco anos, além de comemorar o que passou, funciona como um divisor de águas para começarmos o nosso projeto autoral, porque sentimos que estamos mais maduros para encarar esse novo desafio", diz o músico Nelsinho.
Outro motivo para celebrar é que, neste mês, os pagodeiros comemoram um ano de apresentações em um bar da cidade aos domingos. "É muito gratificante saber que aos domingos enchemos o bar. As pessoas participam e cantam as músicas, o que nos deixa mais felizes."
Início
O grupo se conhece há uns 15 anos. "Um dia, estávamos em uma reunião e surgiu a ideia de tocar pagode. A partir desse momento, compramos instrumentos e começamos a tocar em casa e, depois de seis meses, fomos para os bares da cidade", recorda Nelsinho.
Segundo ele, desde esse dia os pagodeiros na pararam mais. "No início, tocávamos em um bar no Cascatinha, mas outros contratantes se interessaram pelo nosso grupo e fomos ganhando espaço." E com as noites conquistadas, o Bombocado conseguiu manter os mesmos integrantes desde o começo. "Foi tudo tão rápido, que tivemos que nos profissionalizar e estudar música, para evoluirmos o nosso som", diz. O grupo é emblemático com sua autodefinição. "Do Cascatinha para o mundo. Ao infinito e além. Este é o grupo Bombocado."
O bamba garante que tudo foi acontecendo naturalmente. "Não sei relatar qual foi a maior dificuldade. Na verdade, o maior trabalho é ter pouca gente para arrumar todos os equipamentos na hora de fazer o show", completa. De acordo com o músico, o Bombocado surgiu em um momento de boa aceitação do pagode. "O pagode sempre foi marginalizado. O Bombocado entrou no tempo em que o pagode infiltrou em outras classes sociais. O público começou a gostar e, com isso, tocamos mais na Zona Sul da cidade", conta.
- Fernanda Cunha chega aos 15 anos de carreira mantendo a mesma essência musical
- Quarteto Spalla ensaia para levar a música brasileira ao Canadá
- Banda Visco aposta no rock original e lança seu primeiro CD em maio
Influências
As principais influências do Bombocado, de acordo com Nelsinho, são o grupo Exaltasamba, Pixote, Soriso Maroto e Bom Gosto. Questionado sobre as canções preferidas dos pagodeiros, o músico responde rápido. "Gostamos mais de tocar as letras que têm resposta da galera. Atualmente, o público também vibra com as músicas do cantor Thiaguinho. Entre as preferidas estão Lancinho e Sou o cara para você."
Com essa carreira, o vocalista destaca que o momento mais marcante para os amigos foi abrir o show do Exaltasamba este ano. "Ser o grupo escolhido para abrir o show foi muito legal, principalmente pelo Exalta ser uma de nossas influências."
Para o músico, o Bombocado é uma questão de amizade e sintonia. "A nossa capacidade de perceber o que a galera quer ouvir é a nossa diferença. Bombocado faz o show brincando, o que acaba agradando o público. Além disso, tocamos o que vem na cabeça, não fazemos roteiro."