Juizforanos produzem documentário sobre Arthur Arcuri

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Segunda-feira, 28 de setembro de 2009, atualizada às 19h52

Juizforanos produzem documentário sobre Arthur Arcuri

Aline Furtado
Repórter

O filme documentário Arthur Arcuri – Arquitetura e arte, dos cineastas juizforanos Adriano Medeiros e Emmanuelle Vaccarini, teve produção finalizada recentemente. O vídeo retrata a vida e a obra do engenheiro, considerado um dos maiores expoentes da arquitetura modernista em Juiz de Fora e no país.

De acordo com Medeiros, o filme é fruto de um trabalho de quatro anos. "Realizamos uma série de entrevistas prévias com Arcuri, que contribuíram muito durante todo o processo, realizado por muitas mãos." A elaboração do vídeo motivou Arthur Arcuri a produzir sua biografia. "Ele começou a escrever sua história a fim de contribuir com o documentário."

Segundo Medeiros, o objetivo do projeto é difundir não só o trabalho, mas a figura humana de Arcuri, um típico mineiro, de poucas palavras, simples e de espírito efervescente. O cineasta destaca a importância das pessoas conhecerem um pouco sobre Arcuri, em especial estudantes de Arquitetura e Urbanismo. "A bagagem que ele tem é enorme e é interessante que os estudantes conheçam esse legado."

Em formato narrador-personagem, o documentário dialoga aspectos da memória de Arthur Arcuri com a própria metamorfose cultural ocorrida em Juiz de Fora nas últimas décadas. O filme traz algumas participações, como o dramaturgo José Luiz Ribeiro, o ex-prefeito Francisco Antônio de Mello Reis e o jornalista e advogado Almir de Oliveira.

O projeto teve patrocínio da Lei Murilo Mendes de Incentivo à Cultura, através da Fundação Cultural Alfredo Ferreira Lage (Funalfa). 

Arthur Arcuri
O engenheiro Arthur Arcuri, que está prestes a completar 97 anos, defendeu em seus projetos o contato homem-natureza, por meio de espaços como o jardins internos nas residências. Para ele, a arquitetura deve ser vista como um meio de contribuição para o bem-estar do homem. Antes mesmo da arquitetura, Arthur Arcuri já se mostrava um grande apaixonado pela arte. O interesse teve início pela fotografia, passando pelas audições musicais e pela pesquisa aprofundada na própria história da arte, fato que o capacitou para a função professor da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Uma de suas obras mais conhecidas é o mural modernista, com desenho de Di Cavalcante, criado em 1949.
Os textos são revisados por Madalena Fernandes