Festival de Música Colonial Brasileira e Música Antiga apresenta mais de 30 concertos em JF
Festival de Música Colonial Brasileira e Música Antiga apresenta mais de 30 concertos em JF Além das apresentações, o evento, que já reuniu mais de 1,6 milhão de espectadores em todas as edições, promove cursos, debates e palestras
Repórter
16/7/2011
Tem início neste domingo, 17 de julho, o 22º Festival Internacional de Música Colonial Brasileira e Música Antiga, promovido pelo Centro Cultural Pró-Música, prosseguindo até o dia 30 de julho. Integram a programação cultural deste ano, mais de 30 artistas brasileiros e estrangeiros, que farão concertos noturnos e vespertinos.
Entre os locais de apresentação, debates, cursos e palestras estão o Teatro Pró-Música, o Museu de Arte Moderna Murilo Mendes (MAMM), o Cine Theatro Central, as igrejas São Sebastião e do Rosário, o Colégio Jesuítas, além do Calçadão da Halfeld.
Em mais de duas décadas em que o evento é realizado, mais de 1,6 milhão de espectadores já assistiram aos concertos gratuitos promovidos pelo festival. Segundo a assessoria do evento, a média anual de espectadores chega à marca de 80 mil pessoas. Este ano, quem comparecer aos recitais, terá oportunidade de participar de bate-papos promovidos sobre as apresentações, todas as noites, às 19h30. Antes das apresentações, o professor Rodolfo Valverde fará comentários sobre as atrações e os programas. Com isso, o público tem oportunidade de conhecer, aprender e apreciar mais a música erudita.
- O charme sob forma dos sons produzidos pela Orquestra Barroca
- 22º Festival Internacional de Música Colonial Brasileira e Música Antiga abre inscrições
Programação
A abertura do festival, neste domingo, 17, contará com a presença do mundialmente respeitado Duo Assad, formado pelos irmãos brasileiros Sérgio e Odair, considerados referência para os violonistas, por terem criado um padrão de inovação para o violão com genialidade e expressão. O concerto de abertura, marcado para as 20h30, no Cine-Theatro Central, terá como programação interpretação de composições do próprio Sérgio Assad, além de I. Albeniz, J. Rodrigo, A. Piazzolla, E. Nazareth, Antônio Carlos Jobim e E. Gismonti.
A segunda noite do evento, a segunda-feira, dia 18, é tradicionalmente destinada à apresentação da Orquestra Barroca do Festival, sob a regência de Luís Otávio Santos. A orquestra é formada por músicos de consolidada carreira internacional, que se unem com a missão de interpretar, com instrumentos de época e de maneira original e, muitas vezes inédita, uma importante obra a cada ano. No concerto, o grupo executa obras de J.P. Rameau (1683-1764) e F. Geminiani (1687-1762).
Outros concertos ainda estão previstos para o Cine-Theatro Central. Na terça-feira, dia 19, a apresentação fica por conta do Quarteto de Cordas Camargo Guarnieri e Piano, de São Paulo, que divide o palco com o pianista convidado Paulo Henrique Almeida. Na quarta-feira, dia 20, é a vez do Quinteto Villa-Lobos, do Rio de Janeiro, fundado em 1962. Com alto grau de musicalidade, o grupo destaca-se na divulgação da música de câmara brasileira, ao mesmo tempo em que amplia seu repertório por vários gêneros.
Na quinta-feira, dia 21, a Igreja do Rosário recebe os cravistas Marcelo Fagerlande (RJ) e Ana Cecília Tavares (DF), que interpretam A Arte da Fuga, a última grande composição de um dos maiores gênios da música ocidental, Johann Sebastian Bach. A versão é inédita para dois cravos. Na sexta-feira, dia 22, o grupo Uakti, de Minas Gerais, se apresenta na Igreja do Rosário. O Uakti desenvolve, desde 1978, um trabalho singular ligado à música instrumental e à pesquisa de novas sonoridades. Para isso, utiliza uma série de instrumentos artesanais confeccionados por seu diretor musical Marco Antônio Guimarães, a partir de materiais, como vidros, tubos de PVC, borrachas, madeiras, cabaças e rodas de bicicletas.
No sábado, dia 23, é a vez da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, regida por Marcos Arakaki, se apresentar no Cine-Thetaro Central. No domingo, dia 24, o Central recebe a apresentação de Violino, Trompete e Orquestra Pró-Música, com solos de Daniel Guedes, no violino, Ronnie Ingle, no trompete, e regência do mais antigo maestro pedagogo em atuação no país, Nelson Nilo Hack. No dia 30, o encerramento do Festival, no Cine-Theatro Central, terá a Orquestra Ouro Preto em destaque, sob a regência de Rodrigo Toffolo.
Entre as atrações internacionais, o grupo francês Doulce Mémoire faz recital e ministra masterclass durante o evento. A apresentação pública está prevista para o dia 27, às 20h30, na Igreja do Rosário. No dia 25, na Igreja de São Sebastião, o público é convidado a assistir a execução integral de Pièces de clavencin en concert, de J.P. Rameau, pelo trio formado por Luis Otávio Santos (violinista barroco), Sérgio Álvares (gambista) e Bruno Procópio (cravista).
Confira a programação completa da primeira semana do festival
Cursos
Cerca de 700 alunos, vindos de todo o país, estarão em Juiz de Fora na segunda quinzena de julho, para participar dos 49 cursos nas áreas de cordas, sopros, orquestras, vozes e didática da musicalização, ministrados por 47 professores brasileiros e estrangeiros.
Os textos são revisados por Thaísa Hosken