L?dica Música comemora 23 anos com show de rock 'n' roll

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L?dica M?sica comemora 23 anos com show de rock 'n' roll

Lúdica Música comemora 23 anos com show de rock 'n' roll

Parte da história da banda, que já dividiu palco com Milton Nascimento e Ivan Lins, é contada por uma das fundadoras da banda

Lucas Soares
Repórter
16/07/2014

O Cultural Bar será palco, nesta sexta-feira, 18 de julho, à partir das 23h, de um show lúdico, mas com uma veia rock 'n' roll. Isto porque o grupo Lúdica Música, formado por Isabella Ladeira (voz, percussão) , Rosana Britto (voz, violão, direção musical) ) e Gutti Mendes (voz, violão de aço, percussão) vai dividir o palco com Dall Silva (baixo), Gladston Vieira (bateria), Gustavo Lira (percussão), Rafa Castro (teclados, acordeon) e Caetano Brasil (sopros) para o show de comemoração dos 23 anos do grupo juiz-forano com a apresentação Lúdica Música! On The Rocks.

A história da banda, no entanto, começou através de um encontro inesperado, de acordo com Isabella Ladeira. "A Rosana me conhecia, e eu já sabia quem ela era, de ouvir falar. Tínhamos amigos em comuns. Eu cantava MPB, Bossa, Jazz em um bar... A Rosana também se apresentava no mesmo bar quando ela estava em Juiz de Fora. Um desses shows, eu fui e gostei muito. E a Rosana fazia um show com o Joãozinho da Percussão e ela me convidou. A química funcionou e naturalmente veio a Lúdica Música, que era o nome do nosso primeiro show", explica. 

No entanto, durante a passagem dos anos, a formação do grupo mudou. Isabella e Rosana se mantiveram como as líderes após a saída do Joãozinho, em 1995. "Quando o Gutti entrou, há 12 anos, começou a dividir com a gente a responsabilidade no palco e fora dele. Desde que ele vestiu a camisa, o Lúdica virou um trio", explica a vocalista e percussionista.

Autores de shows em palcos nacionais e internacionais, Isabella revela que o grupo sempre se preocupou em não ficar restrito às apresentações em Juiz de Fora. "Procuramos ir para o Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, interior... Passamos duas temporadas na Itália, quatro em Portugal, abrindo shows de artistas conhecidos, como Caetano Veloso, Djavan, Martinho da Vila, Zeca Pagodinho e até Julio Iglesias e Joe Cocker. Em Portugal conhecemos o Ivan Lins, que se propôs a nos ajudar", comenta Isabella.

Na história

Um momento marcante para o Lúdica Música foi o Som Brasil, da Rede Globo, em 2012. "Foi maravilhoso. Fomos convidados a participar junto com o Ivan Lins e sua banda, a Paula Santoro, uma super cantora mineira; e a Verônica Ferriani. Esse Som Brasil foi importantíssimo para gente", diz Isabella. Outro ponto importante para a banda foi uma entrevista feita pelo Jô Soares, no fim de 2011.

Antes disso, no entanto, a história da banda teve um grande ganho quando foi lançado o DVD Diversões Lúdicas ao vivo, em 2008, conforme conta Isabella. "Conciliamos o lado intérprete com o lado autoral, e mostrando a nossa cara. A maioria das pessoas tem a opinião de que ver a gente tocando é melhor do que somente ouvir. O nosso trabalho é mais impactante no palco. O DVD abre o leque até hoje. Ele já foi exibido várias vezes pelo Canal Brasil, e desde o ano passado, passa também no Music Box Brasil. Recebemos emails de todo o país por causa deste trabalho", conta.

Música em Juiz de Fora

Na opinião de Isabella, a música local pode crescer, desde que haja apoio entre as classes. "A cidade é extremamente talentosa em todas as áreas, no teatro, no esporte, na cultura. Falta o apoio de casas de shows que não sejam tão grandes de infraestrutura. Os artistas têm que sobreviver nos bares e nos seus projetos maiores. Então acaba tendo que sair. Optamos por manter a qualidade de vida que a cidade oferece, e viajando. Temos uma base em Belo Horizonte também, que é de onde saímos para viagens maiores. Não queremos sair de Juiz de Fora, mas não dá pra ficar só aqui. O nosso conselho, para os artistas mais jovens, é pensar grande, fora daqui, sem abandonar sua terra natal. Aqui também tem público, se aprende como fazer e tem vitrine. Temos responsabilidade de transformar nosso ambiente. Se todos forem embora, quem vai fazer essa revolução? Quem vai mudar essa perspectiva, fazer isso crescer? Não há tanta necessidade de sair fora", conclui Isabella.