Prefeitura de São João Nepomuceno cancela repasse para escolas de samba e blocos
Prefeitura de São João Nepomuceno cancela verba para escolas de samba e blocos
Repórter
O prefeito de São João Nepomuceno anunciou na manhã desta quarta-feira, 11 de janeiro, que não haverá repasse de verba para as escolas de samba e blocos de rua este ano. Em vídeo publicado na página oficial do Executivo no Facebook, Ernandes José da Silva afirma que o motivo dos cortes é o alto déficit registrado nos cofres do município no final de 2016. A cidade, que fica a 65km de Juiz de Fora, é reconhecida na região pelo Carnaval de Rua, com tradicional Bloco do Barril.
Na declaração, o prefeito pede desculpas a população, mas afirma que a medida é de responsabilidade no momento. “Fizemos reunião hoje (11) de fechamento das contas de 31 de dezembro e mediante ao déficit que encontramos na Prefeitura, decidimos não repassar verba para o evento. Porém, a prefeitura apoiará toda e qualquer manifestação carnavalesca”, destaca.
A proprietária de um restaurante da cidade, Paula Ramos, lamenta a não realização da Folia, mas acredita que cancelar o Carnaval seja a melhor solução. "Prefiro que não tenha este ano para que no próximo seja possível fazer uma festa mais estruturada e segura, atraindo novamente os turistas. Ano passado foi a mesma história. Disseram que não teria o evento, mas acabaram organizando de última hora. Devido a incerteza, a cidade ficou muito vazia".
Ela concorda que muitos comerciantes aguardam a data, por atrair grande número de visitantes para o município. "Mas esse quantitativo vem caindo a cada ano devido falta de investimentos. Espero que em 2018 consigamos recuperar o posto de uma dos melhores Carnavais da região”.
De acordo com o vice-presidente do Bloco da Girafa, Luiz Guilherme do Santos, os principais grupos carnavalescos de São João Nepomuceno, como o Bloco do Tourão e Barril, farão uma reunião na próxima semana para definir se vão sair este ano, ou não. “Vamos reunir os representantes, além de avaliar junto com a Prefeitura a situação. Mesmo sem a verba temos autonomia para sair, mas precisamos avaliar se haverá segurança para os foliões”, destaca.