Juiz de Fora tem mais trás imóveis tombados

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Juiz de Fora tem mais tr?s im?veis tombados
Sábado, 16 de março de 2019, atualizada às 09h02

Juiz de Fora tem mais três imóveis tombados

Da redação

Juiz de Fora teve, nesta semana, mais três imóveis tombados como patrimônio cultural, o que os torna objetos permanentes de preservação. As construções tombadas foram a sede da TV Industrial (no Morro do Imperador), o Hilton Hotel (na Avenida Getúlio Vargas) e o prédio 109/111 da Rua Marechal Deodoro. Os três prédios têm identidade comprovada como patrimônio arquitetônico, cultural e histórico. Atualmente, a cidade tem 191 bens protegidos pelo patrimônio municipal, incluindo sete patrimônios imateriais.

Na antiga TV Industrial, ocorreu a primeira transmissão televisiva do município, em 1964. A construção foi iniciativa do empresário Sérgio Vieira Mendes e de seus filhos Gudesteu e Geraldo Mendes. A família já era proprietária da Rádio Industrial e Rádio Difusora, também com sede no município, e montou ali a emissora de TV, com foco em Juiz de Fora e região.

O engenheiro responsável pela obra, Armando Favatto, idealizou uma construção em forma helicoidal. Ele relatou, na época, que o desenho significa a dimensão da comunicação: a origem do zero ao infinito. A torre foi considerada uma obra moderna e inovadora, que acompanhava o cosmopolitismo atribuído a Juiz de Fora.

O imóvel número 109/111 da Rua Marechal Deodoro faz parte do conjunto de imóveis de fins comerciais e residenciais, estabelecidos por imigrantes sírios e libaneses no início do século 20, no entorno da Praça da Estação. O edifício pertenceu à família Coury Jabour e sua relevância se dá pelo fato de ser parte do Núcleo Histórico do Centro e do conjunto paisagístico da Marechal. Desse modo, sua preservação permite contar a história do comércio na cidade, que cresceu em volta das estações ferroviárias Central do Brasil e Leopoldina.

O comércio sírio e libanês não ficou restrito apenas à parte baixa da Marechal Deodoro, embora tenha se estabelecido lá de forma destacada, com a instalação de atividades comerciais de várias famílias, e criando um padrão de ocupação, não apenas pelo grupo imigrante, mas também pelo estilo arquitetônico art déco, utilizado com frequência nos imóveis da cidade nos anos 1930 e 1940.

Também em estilo art déco, o Hilton Hotel é outro imóvel que ressalta as características de uma região que se desenvolveu comercialmente em função das estações ferroviárias do Centro da cidade. O edifício é parte de um grupo de imóveis com excelência arquitetônica, em fachadas cuidadosamente trabalhadas. O conjunto produz um efeito monumental que, associado aos aspectos de localização na cidade, confere-lhe especial destaque na paisagem urbana.