O trabalho voluntário visto como ação modificadora

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O trabalho voluntário visto como ação modificadora A fonoaudióloga Vilma de Souza, que deu início ao voluntariado há oito anos, trabalha com famílias de baixa renda e população de rua

Aline Furtado
Repórter
12/3/2010

"O amor que a gente partilha é capaz de modificar." É assim que a fonoaudióloga Vilma Graciene de Souza Araújo define o trabalho voluntário que realiza há oito anos. Ela, que começou com ações voltadas para a terceira idade, trabalha com assistência a famílias e à população de rua na cidade, por meio da Associação Beneficente Cristã Restituir.

Para Vilma, trabalhar com pessoas socialmente excluídas é uma forma de quebrar paradigmas. "Seria mais fácil trabalhar dentro de um consultório, com um público pré-definido. Aqui é diferente. Nossos assistidos não precisam de um tempo de graduação, precisam de tempo traduzido em carinho."

Ela lembra que estas pessoas necessitam de oportunidades, mas carecem também de um olhar, de uma palavra. "Elas chegam aqui com a dignidade deteriorada e saem como qualquer outra pessoa. Nosso desafio é fazer com que estas pessoas voltem a ter um vínculo familiar. Queremos que todas se sintam como parte integrante da sociedade. Nossa intenção é que esta aproximação se dê a partir de nós."

A voluntária destaca que o percentual de reabilitação é grande, citando, inclusive, o caso de um ex-assistido que recebeu, recentemente, duas propostas de emprego. Para Vilma, a dificuldade está na abordagem às mulheres. "Torna-se difícil devido à emoção feminina, à vaidade e até mesmo a uma certa fragilidade devido à condição em que estas mulheres se encontram."

Morro da Glória, onde fica a sede da associação Restituir. Os interessados em realizar trabalhos voluntários devem entrar em contato pelo telefone (32) 3217-4371.

Os textos são revisados por Madalena Fernandes

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