Educação para al?m da sala de aula
Educação para além da sala de aula
A etimologia da palavra “educar” aponta em sua origem que do latim educare, educere tem por significado “conduzir para fora” ou “direcionar para fora” o desafio de educação que vise uma amplitude humanística. Nessa perspectiva, a educação seria o ato de “conduzir para fora” ou levar a pessoa do educando para o mundo, que por extensão significaria uma autêntica auto-transcendência, o autentico pensar reflexivo e crítico.
Nessa perspectiva, a proposta de educação “para fora”, para além do interior da sala de aula parte do engajamento do educando na sua relação com o mundo amalgamada por valores e sentidos, posto que a realização de sentido se configura na condição necessária para que uma sociedade de desenvolva de forma saudável. uma vida com sentido se constitui também como um direito humano fundamental e deve partir do princípio da dignidade inalienável do ser humano.
Por esse motivo, a escola deveria trabalhar para esse propósito, levando não apenas os ensinamentos científicos (que tem muita importância e é muito necessário), mas também as temáticas existenciais para a formação do espírito humano, o que leva em consideração parâmetros tais como liberdades, amor, ação, etc. que permeiam as relações humanas seja consigo mesmo, com o outro e com o mundo.
A dimensão da educação que representa tanto a fonte ou o desenvolvimento de conhecimento/ sabedoria quanto a reflexão sobre o sentido da vida abarca a dimensão humanística da educação, no sentido de ver o educando não apenas como tal, mas como cidadão participante d’uma sociedade que requer participação, e essa forma holística de lidar com o processo de ensino-aprendizagem na educação permite a ampliação da dimensão humana que enquanto tal é um ser inacabado livre de qualquer determinismo, que se amplia, que se constitui e que se faz a cada momento, se forma, se transforma e se renova dinamicamente.
Nesse sentido o filósofo Adorno, expoente da chama Escola de Frankfurt, irá buscar elementos na psicanálise, influências em Freud para apontar que a emancipação é a formação para a autonomia, mas ela só pode ser bem sucedida se for um processo coletivo, já que na nossa sociedade a mudança individual não provoca necessariamente a mudança social, mas esta é precondição daquela. A educação deve contribuir, portanto, para o processo de formação e emancipação, contribuindo para criar condições em que os indivíduos, socialmente, conquistem a autonomia.