Alckmin defende austeridade em encontro com sindicalistas e gera apreensão

Por FÁBIO ZANINI

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Em encontro fechado com representantes das centrais sindicais CUT, UGT e Força Sindical nesta terça-feira (23), Geraldo Alckmin (PSB) defendeu austeridade, melhora do ambiente econômico para que os investimentos privados sejam prevalentes e poucas alterações no que foi implementado pela reforma trabalhista do governo Michel Temer (MDB).

Segundo apurou a reportagem, o discurso do ex-governador, mais ajustado à visão do empresariado do que à do sindicalismo, causou apreensão em alguns dos presentes, que em caráter reservado disseram ter dúvidas sobre o que esperar de um eventual governo Lula-Alckmin diante das visões conflitantes dos dois em alguns dos pontos.

O petista tem defendido retomada dos investimentos públicos como alavanca do crescimento econômico. "Eu não defendo um Estado empresário, eu defendo um Estado indutor", disse o petista, em discurso na Confederação Nacional do Transporte (CNT), em julho.

Alckmin também fez uma fala crítica ao aumento de salários de 18% a ministros e servidores do Judiciário, aprovado pelo STF há duas semanas, apontando seu impacto financeiro. Como mostrou o jornal Folha de S.Paulo, os reajustes podem custar R$ 15,7 bilhões até 2025.

Ainda assim, as centrais e o vice de Lula concordaram em um diagnóstico de que o interior de São Paulo precisa ser uma prioridade eleitoral e combinaram ações conjuntas para que a chapa aumente as chances de vencer no primeiro turno.

Representantes das centrais apontaram que Fernando Haddad (PT) perdeu para Jair Bolsonaro (PL) em 2018 por uma diferença de 10 milhões de votos. Em São Paulo, 8 milhões de votos distanciaram o petista do atual presidente.

Alckmin também fez uma fala crítica ao aumento de salários de 18% a ministros e servidores do Judiciário, aprovado pelo STF há duas semanas, apontando seu impacto financeiro. Como mostrou a Folha, os reajustes podem custar R$ 15,7 bilhões até 2025.

Ainda assim, as centrais e o vice de Lula concordaram em um diagnóstico de que o interior de São Paulo precisa ser uma prioridade eleitoral e combinaram ações conjuntas para que a chapa aumente as chances de vencer no primeiro turno.

Representantes das centrais apontaram que Fernando Haddad (PT) perdeu para Jair Bolsonaro (PL) em 2018 por uma diferença de 10 milhões de votos. Em São Paulo, 8 milhões de votos distanciaram o petista do atual presidente.