Dólar tem queda ante real e receios de apertos monetários continuam no radar de investidores
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O dólar caía frente ao real nesta segunda-feira (10), com investidores monitorando a cena política local após um primeiro turno eleitoral amplamente bem-vindo pelos mercados, embora receios internacionais de aperto monetário continuassem no radar.
Às 9h07 (de Brasília), o dólar à vista recuava 0,33%, a R$ 5,1970 na venda.
Na B3, às 9h07 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,08%, a R$ 5,2205.
Na sexta-feira (7), os índices do mercado financeiro voltaram a refletir a preocupação de investidores quanto ao futuro da economia global.
Relatório do Departamento do Trabalho nos Estados Unidos mostrou a criação de 263 mil empregos urbanos no mês passado. Isso mostrou que o mercado de trabalho por lá continua aquecido e, por isso, os juros deverão continuar subindo agressivamente na batalha contra a inflação.
O temor da desaceleração econômica que a alta do custo do crédito pode causar derrubou os mercados de ações mais uma vez e valorizou o dólar globalmente diante da procura de investidores por segurança em ativos ligados à moeda americana.
Em Wall Street, os principais índices de ações fecharam em forte queda. O S&P 500, parâmetro da Bolsa de Nova York, caiu 2,80%. O Dow Jones perdeu 2,11%, enquanto o Nasdaq afundou 3,80%.
Embora tenha sustentado uma alta semanal de 1,5% nesta semana, o S&P 500 mergulha quase 24% em 2022.
No Brasil, o impacto da pressão negativa do exterior segue amenizado por um cenário de inflação em queda, juros estabilizados (em um elevado patamar de 13,75% ao ano) e redução das preocupações com a condução da economia após a eleições.
O dólar comercial à vista subiu 0,05%, cotado a R$ 5,2130. A moeda caiu 3,3% em relação ao real sobre o fechamento da última sexta, seu maior recuo semanal desde julho.
Na Bolsa de Valores, o índice Ibovespa recuou 1%, aos 116.376 pontos. No acumulado desta semana, o indicador subiu 5,76%.
Operadores passaram a precificar uma chance de 92% de haver alta de 0,75 ponto percentual nos juros pelo Fed em novembro, acima da probabilidade de 83,4% vista antes do relatório, reportou a agência Reuters.